O Cine Araújo vai realizar neste domingo (2), data consagrada como Dia Mundial de Conscientização do Autismo, uma sessão inclusiva para autistas, com o filme Gato de Botas 2, no cinema do shopping de Dourados e em todas as filiais da rede no país, como forma de reforçar o compromisso com a comunidade atípica. A sessão será às 13h30 e terá parâmetros adaptados e ingressos no valor de R$10,00.
O Dia Mundial de Conscientização do Autismo tem como um dos focos a inclusão de pessoas autistas nos mais diversos lugares e aspectos. Em Mato Grosso do Sul vigora, desde o dia 21 de junho de 2021, a Lei estadual nº 5.677, de autoria do então deputado e atual vice-governador Barbosinha que prevê a realização, pelo menos, uma vez por mês, de sessão adaptada para pessoas com TEA (o Transtorno do Espectro do Autismo) ou outras deficiências que acarretem hipersensibilidade sensorial em geral.
Em comunicado divulgado nesta quarta-feira (29), o grupo empresarial de entretenimento informou que “devido à hipersensibilidade das pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista), as salas terão luzes acesas em toda a exibição, portas abertas para a livre circulação do público da sessão, volume do som ajustado, temperatura mínima dentro da sala de 22°C e sem exibição de propagandas e trailers”.
O vice-governador Barbosinha elogiou a iniciativa. “Sabemos que muitas famílias de pessoas com autismo ou outras sensibilidades sensoriais evitam o convívio social por receio de julgamentos da sociedade e pelo desconforto em frequentar ambientes onde não possam se adaptar, isso inclui programas como ir ao cinema, passear no shopping ou outras atividades fora de seus lares. Mas, com essa legislação específica, e a compreensão dos promotores de eventos, também as pessoas com TEA passam a ser incluídas em sociedade”, disse.
O TEA
Os transtornos do espectro autista aparecem na infância e tendem a persistir na adolescência e na idade adulta. Na maioria dos casos, eles se manifestam nos primeiros 5 anos de vida. As pessoas afetadas pelos TEAs frequentemente têm condições comórbidas, como epilepsia, depressão, ansiedade e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. O nível intelectual varia muito de um caso para outro, variando de deterioração profunda a casos com altas habilidades cognitivas.
Embora algumas pessoas com o TEA possam viver de forma independente, existem outras com deficiências severas que precisam de atenção e apoio constante ao longo da vida. As intervenções psicossociais baseadas em evidência, tais como terapia comportamental e programas de treinamento para os pais, podem reduzir as dificuldades de comunicação e de comportamento social e ter um impacto positivo no bem-estar e na qualidade de vida de pessoas com TEAs e seus cuidadores. As intervenções voltadas para pessoas com TEAs devem ser acompanhadas de atitudes e medidas amplas que garantam que os ambientes físicos e sociais sejam acessíveis, inclusivos e acolhedores.
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