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Morre DJ Jamaika, ícone do rap brasiliense, aos 55 anos

Morre DJ Jamaika, ícone do rap brasiliense, aos 55 anos

24/03/2023 às 00h00
Por: RegiãOnline Fonte: RENATO RIBEIRO
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© Arquivo Pessoal/Instagram
© Arquivo Pessoal/Instagram

 

Icone do Rap brasiliense, o DJ Jamaika, morreu nesta quinta-feira (23), aos 55 anos. Ele lutava contra um câncer. O rapper ficou conhecido pelas músicas “Tô só observando', “Do pó ao pó', “Rap do piolho' e “Dois malucos num Opala 71'.

 

A morte do artista foi confirmada em suas redes sociais. Em nota, a equipe o homenageou dizendo que ele deixou uma marca inesquecível no mundo da música e na vida de todos os que tiveram o privilégio de conhecê-lo.

 

Jefferson da Silva Alves, o DJ Jamaika, nasceu em outubro de 1967, em Taguatinga, no Distrito Federal. Começou a carreira na cidade de Ceilândia e foi um dos pioneiros do rap no DF. Integrou grupos importantes como Câmbio Negro e Álibi.

 

O artista lançou sete álbuns ao longo da carreira. Em 2002, mudou o estilo e entrou para o mundo da música gospel. O último trabalho foi o clipe da música “A Chuva'.

 

 

Políticos, fãs e artistas prestaram homenagens, como os rappers GOG, MV Bill e o grupo Tribo da Periferia.

 

Ana Cecília, a Aninha, do grupo Atitude Feminina falou sobre a importância do artista que é sua referência desde os 14 anos, como letrista, cantor e fonte de inspiração. “O rap dos anos 90 é totalmente diferente do [rap] de agora. Então, o Jamaika mostrou que a gente pode fazer música com banda, com orquestra, com o melhor. Ele tinha aquele jeitão marrento, mas era o Jamaika. Então, o legado dele é, para mim, como rapper, é brilhante. Tenho o prazer e a honra de dizer que eu o conheci'.

 

Nas redes sociais, o grupo Tribo da Periferia disse que o DJ inspirou gerações e que Jamaika, criador de beats consagrados, deu início ao que hoje podemos chamar de “Rap Brasília'. “Um gigante, extraordinário artista da música e do Rap Nacional', postou o grupo Tribo da Periferia.

 

 O DJ Kabeça conheceu Jamaika no final dos anos 1980, nos bailes da cena underground na Ceilândia, berço do hip hop no DF. Ele comenta o legado do artista. “DJ Jamaika se foi, mas deixou um grande legado para todos nós que seguimos a linha do hip hop. Abriu as portas do rap para a rapaziada de Brasília e se expandiu para o Brasil todo. Deixou um grande legado para todos nós. Salve, salve, DJ Jamaika, onde você estiver'.

 

 

O velório do DJ Jamaika será realizado no auditório da Administração Regional da Ceilândia, nesta sexta-feira (24), entre 14h e 15h30. O enterro vai acontecer logo em seguida, às 16h30, no Cemitério São Francisco de Assis, em Taguatinga.

 

Edição: Nadia Faggiani / Alessandra Esteves

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