Com foco na educação ambiental, além de atuar em atividades preventivas, controle e redução da degradação ambiental, a PMA (Polícia Militar Ambiental) comemora hoje (19), 36 anos de criação em Mato Grosso do Sul.
Um dos principais projetos da PMA é o “Florestinha”, que em três décadas já atendeu aproximadamente 5 mil crianças e adolescentes em Campo Grande e outros cinco municípios do interior.
As ações são desenvolvidas em sete polos localizados, além da Capital – com dois -, em Amambai, Costa Rica, Três Lagoas, Anastácio e Bataguassu. Atualmente são 500 crianças e adolescentes entre 7 e 14 anos, atendidos pelo projeto.
“O Florestinha é uma das nossas maiores iniciativas de educação ambiental no Estado. Trabalha com crianças, que normalmente ficam conosco até adolescentes. Isso faz com que a gente consiga preparar um adulto melhor, para nos ajudar inclusive no nosso trabalho de proteção ao meio ambiente”, afirmou o tenente-coronel Cleiton Douglas da Silva, comandante da PMA.
No projeto são atendidas crianças e adolescentes no contraturno escolar com duas refeições, aula de reforço e educação ambiental. Para os pais e alunos o trabalho contribui para a formação, além de ajudar no desempenho dos jovens. “Ajudou demais meu filho. Ele tem responsabilidade, consegue falar em público e desenvolveu habilidades que não imaginávamos que teria”, afirmou Emília Flores, 35 anos.
O filho dela, Kaio Henrique, tem 13 anos e participa do projeto desde 2019. “Eu sou segundo tenente, e organizo o pelotão. Gosto dos temas ambientais que aprendemos. Nas palestras a gente fala sore os crimes como caça, além do atropelamento dos animais. Eu era muito tímido, e hoje consigo me expressar bem, não fico envergonhado”.
A história familiar dos Flores com o projeto é antiga. O pai de Kaio também já participou do “Florestinha” quando era criança e agora tem mais gente da família na expectativa. “Minha filha não tem idade ainda, mas ela quer muito participar. Fica vendo o irmão ir e está só esperando a vez dela”, disse Emília.
Resultados
Na Capital, desde 2019 as meninas também podem participar do projeto. “Eu entrei em 2020, participo das palestras de educação ambiental, falo com o público. É muito bom fazer parte e também já fiz amigas aqui”, afirmou Lunara Luiza do Nascimento, 11 anos. "Depois da pandemia, quando voltamos nas atividades, foi muito bom. Eu estava com saudades", disse a menina.
Lunara Luiza comemorou a entrada no projeto há três anos, e o retorno após a pandemia
A participação feminina no projeto também é destaque na organização e coordenação do “Florestinha”. A tenente Eveny Parrela é a coordenadora estadual do projeto e destaca a importância da inclusão. “No interior a gente já atendia as meninas, e quando abrimos na Capital foi muito marcante. Muitas delas viam os irmãos, primos e vizinhos vindo para o projeto, e queriam participar. Agora podem e sempre se destacam”.
E além da estrutura para atender o reforço escolar e a educação ambiental, o projeto também atua em conjunto com a família, para garantir o bem-estar das crianças e adolescentes. “Para progredir no projeto tem que apresentar bons resultados na escola, boas notas. Se isso não acontece chamamos os pais, para ajudar as crianças. Por isso a parceria com a família é fundamental”, explicou a soldado Jaqueline Beatriz Pereira, responsável pela unidade localizada na Avenida Cônsul Assaf Trad.
O outro polo do projeto em Campo Grande funciona no Parque Estadual Matas do Segredo, no Jardim Presidente.
Natalia Yahn, Comunicação Governo de MS
Fotos: Bruno Rezende
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