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A partir de 2017 o Governo do Estado pretende entregar 32 escolas integrais que contemplarão o ensino médio. Para o próximo ano, a SED (Secretaria Estadual de Educação) informa que 12 escolas funcionarão com o novo método, 8 delas em Campo Grande e, as outras 4 em Dourados, Maracajú, Corumbá e Naviraí.
Segundo a Secretária Estadual de Educação, Maria Cecília Amendola da Motta, a transição é gradual e deve ser concluída em quatro anos. "A ideia é que todas as escolas sejam transformadas em integrais", declara e especifica que os gastos com as adequações ainda não foram contabilizados, mas adianta que o Governo Federal vai dar um aporte de R$ 12,2 mil por aluno/ano.
Ela afirma que a adequação respeita a escolha da escola, os alunos e a comunidade e espera o parecer do MEC (Ministério da Educação) para que a adequação seja feita. “As escolas e as comunidades têm a opção. Para o momento conseguimos a resposta de 12 escolas. Já encaminhamos tudo que foi exigido para o MEC para ser avaliado e validado para o ano que vem”, informa a secretária.
De acordo com a SED, as 8 escolas integrais de Campo Grande que serão readequadas são Professor Severino de Queiroz, no Monte Castelo; Maria Constança Barros Machado, no Amambay; Amélio de Carvalho Baís, no Coophatrabalho; José Barbosa Rodrigues no Universitário; Lúcia Martins Coelho, no Jardim dos Estados; Manoel Bonifácio Nunes da Cunha, no Jardim Tarumã; Emygdio Campos Widal, no Vilas Boas; e Valdemir de Barros da Silva nas Moreninhas. Destas, a escola Amélio de Carvalho Baís já possui turmas do ensino médio em tempo integral, inclusive com alunos que já passaram pela edição de 2015 Enem. A escola ficou em terceiro lugar entre as escolas públicas do estado.
Além de dar certa tranquilidade para os pais que trabalham, a escola integral é vista com bons olhos pelos profissionais do ensino. Para a pedagoga e mestre em educação Leila Maciel, a proposta da escola em tempo integral tem mais pontos positivos que negativos. “O fato de estas crianças e adolescentes estarem em um ambiente favorável à situações positivas de formação já é um grande diferencial, em relação aos que estão em escolas de meio período. É sabido que a maioria dos pais e/ou responsáveis trabalham em tempo integral e muitas vezes não tem com quem deixar seus filhos”, destaca.
Segundo Maria Cecília, as 12 escolas atenderão cerca de 4200 alunos. Além das disciplinas regulares, o projeto visa levar atividades complementares aos estudantes. “Não queremos mais do mesmo, se queremos evitar evasão e reprovação, temos que dar algo diferenciado”, pontua. Serão oferecidas atividades que fomentem a reflexão, além de disciplinas eletivas, como arte e música.
O currículo escolar e a formação dos profissionais são pontos que necessitam de atenção. Leila diz que a capacitação é “fundamental pois demanda dos professores habilidades e competências específicas para situações de aprendizagem. E o currículo é o que vai ser o grande diferencial. Além dos conteúdos mínimos estabelecidos pela legislação atual, as atividades do contraturno deverão contemplar conteúdos que promovam a real formação integral deste aluno, indo além do âmbito conteudista geralmente desenvolvido nas escolas de meio período por causa do pouco tempo disponível para isso”.
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