A partir de amanhã (4) a pesca será restrita nos rios que cortam Mato Grosso do Sul e, no sábado (5), começa a fiscalização especial por conta da piracema, período reprodutivo da maioria das espécies de peixe das bacias dos rios Paraná e Paraguai.
O esquema especial de fiscalização será mantido, como nos anos anteriores, contando com efetivo de 354 policiais nas 27 subunidades estabelecidas em 20 municípios.
A piracema se estenderá até dia 23 de fevereiro de 2023 em todos os rios de MS. A partir de amanhã, o chamado defeso, que é a legislação aplicada para proteger as espécies durante a piracema, irá permitir algumas modalidades, como as pescas de subsistência e a científica.
Também poderá haver pesca de peixes exóticos nos lagos das usinas hidrelétricas do Rio Paraná, segundo a PMA (Polícia Militar Ambiental). Nesta lista estão o tambacu, curvina, bagre africano, tilápia e até tucunaré, comum na bacia Amazônia, mas introduzido na região de MS.
No sábado (5), a estratégia de fiscalização mantida durante os meses de setembro e outubro, com fiscalização intensificada desde setembro, será alterada, visto que não mais haverá pescadores nos rios, a não ser aqueles que poderão praticar algumas modalidades de pesca.
A PMA irá monitorar e cuidar dos cardumes, principalmente nos trechos em que são mais vulneráveis à pesca predatória, que são as cachoeiras e corredeiras. Em vários pontos onde existem cachoeiras e grandes corredeiras serão montados postos fixos com policiais 24 horas.
Estes locais são pontos cruciais para a fiscalização, pois, quando os cardumes ali chegam, precisam que a água atinja vazão que lhes permitam continuar a subida e, consequentemente, ficam muito vulneráveis, tornando-se presas fáceis para pescadores inescrupulosos, que retirariam facilmente grandes quantidades de peixes, principalmente, fazendo uso de petrechos proibidos de malha (redes e tarrafas).
Em algumas cachoeiras e corredeiras, nas quais não terão policiais fixos, a PMA colocará constantemente militares do setor de inteligência à paisana, no sentido de identificar e prender os que se arriscarem a praticar a pesca nesses locais. Há preocupação, também, de retirar as redes de pesca, os espinheis, boias e anzóis de galho, devido ao alto poder de captura e depredação de cardumes.
Na última operação, a PM aplicou 43 autos de infração, 32 prisões em flagrante e apreendeu 126 quilos de pescado.
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