Campo Grande News
A boliviana Celia Castedo Monasterio, indiciada pelo Ministério Público de seu país por ter autorizado o plano de voo da Chapecoense, com saída em Santa Cruz de la Sierra (BOL), pediu refúgio ao Brasil nesta segunda-feira (5), em Corumbá - cidade localizada a 419 km de Campo Grande.
Em nota, o MPF (Ministério Público Federal) confirma que foi procurada pela mulher, que é funcionária da Aasana (Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares de Navegação Aérea da Bolívia) e teria autorizado a partida do avião da empresa Lamia para Medellín (COL), mesmo após alertar que havia risco de pane seca.
Celia foi afastada das funções exercidas, sob alegação de suspeita de negligência, e também é alvo de denúncia por não cumprimento de deveres e atentado contra a segurança dos transportes, já que teria reportado os problemas verificados no voo da Lamia, com a delegação da Chapecoense, posteriormente à tragédia.
O MPF afirma que vai analisar o caso de Celia. "A Secretaria de Cooperação Internacional da Procuradoria-Geral da República, em coordenação com as procuradoras Gabriela Tavares e Maria Olívia, vai solicitar aos órgãos federais competentes as medidas cabíveis, conforme as normas internacionais e o direito brasileiro", frisa.
Na próxima quarta-feira (7), será realizada uma reunião entre dois procuradores brasileiros e procuradores do Ministério Público da Bolívia e também da Colômbia, para discutir o andamento da investigação sobre o acidente que terminou na morte de 71 pessoas, entre atletas, comissão técnica, dirigentes, imprensa e a tripulação.
O acidente que comoveu o mundo aconteceu na madrugada do dia 29 de novembro, na Colômbia, quando o voo com 76 pessoas se aproximava de Medellín, mas não pode pousar de imediato pois outro voo, com problemas, pediu prioridade. A Chapecoense iria disputar a partida de ida da final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional.
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