Luccas Abagge, de 32 anos, disparou duas vezes contra policiais que o procuravam nuna em casa em Fátima do Sul, a 239 quilômetros da Capital. Delegada do município, Gabriela Vanoni, afirma que os SIGs (Setores de Investigações Gerais) de Dourados e Fátima do Sul procuravam o fugitivo da PED (Penitenciária Estadual de Dourados) e que, após ser localizado, entraram na residência para capturá-lo.
'Ele portava ilegalmente arma de fogo e recebeu os policiais com dois disparos. Os policiais, com necessidade de garantir sua integridade, também revidaram com disparo', justifica. Ela afirma que após os ferimentos, ele foi encaminhado ao hospital, mas não resistiu.
O delegado Erasmo Cubas ressalta que Luccas estava foragido após ser preso no estado do Paraná e que havia sido capturado em território sul-mato-grossense, mas fugiu novamente.
Ele destaca a parceria entre as equipes dos dois municípios para terem encontrado Abagge e que a hipótese inicial é que teria ido à fronteira com o Paraguai. “As equipes juntamente com a própria Polícia Penal começaram a trabalhar informações possíveis para a localização dele.'
Morte - Luccas Abagge foi morto neste sábado (10) em Fátima do Sul, por policiais do SIG. O confronto ocorreu numa casa em que ele se escondia, na Rua Santo Amadeu. Os agentes o encontraram em trabalho conjunto de troca de informações entre os SIGs de Dourados e Fátima do Sul, além da Polícia Penal.
Ele estava foragido da PED desde quarta-feira (7). Abagge foi condenado a prisão no estado do Paraná e recapturado em junho deste ano, na fronteira com o Paraguai. Em janeiro de 2019, foi condenado a 54 anos por homicídio, pena posteriormente reduzida para 48 anos. O crime ocorreu em disputa por ponto de vendas de drogas em Curitiba (PR).
Em julho do mesmo ano, ele foi condenado de novo, dessa vez a 32 anos por matar um adolescente e deixar outro ferido na capital paranaense. Com histórico de fugas, Luccas também carrega o sobrenome ligado à morte do menino Evandro Caetano, 6, que abalou o Brasil nos anos 1990.
A família ficou conhecida pelo crime ocorrido em Guaratuba (PR), em 1992. Sua mãe, Beatriz Abagge chegou a ser condenada pela morte da criança, teve perdão judicial e atualmente pede a revisão à Justiça. Numa série documental, ela relata ter sofrido tortura para confessar o crime.
Delegados Gabriela Vanoni e Erasmo Cubas. (Foto: Adilson Domingos)
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