ASSESSORIA
O Seminário Estadual da Guavira: agrofloresteie teve início na manhã desta sexta-feira, 26. A programação vai até amanhã, 27, com diversas atividades, entre elas painéis virtuais, com temas como os caminhos para a conservação e sustentabilidade, e um dia de campo no Centro de Pesquisa da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), para os participantes conhecerem mais sobre a produção de mudas e o cultivo da guavira.
O evento é realizado pela UFMS, Assembleia Legislativa de MS, Agência de Desenvolvimento Agraer e Fundação Oswaldo Cruz de MS, com o apoio da Universidade Estadual de MS, Universidade Federal da Grande Dourados, Universidade Católica Dom Bosco e Uniderp. A participação é aberta à comunidade e a inscrição pode ser feita neste link.
Na solenidade de abertura, transmitida pelo canal Extensão UFMS, o reitor Marcelo Turine destacou que ter a sequência do seminário, que está em sua quarta edição, é muito importante para o estado. “Sem pesquisa, sem ciência, não há desenvolvimento. Por isso é importante termos esse processo organizado, com legislações estaduais e incentivando a integração entre as instituições. O desenvolvimento integrado irá gerar o fortalecimento das comunidades tradicionais”, apontou.
O reitor falou ainda sobre a Embrapii AgroTec. “Ela é a única no país na área de bioeconomia. Nosso objetivo é fortalecer a ciência e a pesquisa com a parceria com as empresas. Muitas têm interesse em agregar valor aos produtos do Pantanal e do Cerrado. Vamos entrar com financiamento tripartite: Embrapii, empresa e Universidade, é um desenho muito estratégico para começarmos 2022 articulando as ações. Agradeço com muito carinho todas as instituições parceiras nessas ações”, disse.
“O objetivo do Seminário Estadual da Guavira é discutir várias ações de geração de renda e de empoderamento, ter o sentimento de que um fruto tão saboroso é nosso e poder ter ele nas prateleiras dos nossos mercados. Para isso precisamos de uma construção técnica, governamental, políticas públicas e ciência. Já temos conquistas em quatro anos de realização do seminário, já nivelamos o conhecimento desenvolvido sobre o tema, já sabemos onde estão as pesquisas, seguimos divulgando o fruto. O seminário tem despertado também um carinho muito especial das pessoas para com o tema”, indicou o Deputado Estadual Renato Câmara, autor da lei que transformou a guavira em fruto símbolo de MS (Lei nº 5.082, de 7 de Novembro de 2017).
O superintendente de Ciência e Tecnologia, Produção e Agricultura Familiar de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Rogério Beretta, que representou o secretário Jaime Verruck, agradeceu a oportunidade de participação e falou de ações da Secretaria. “Nós da Semagro temos feito um trabalho voltado à área da guavira, principalmente depois de implantarmos nossa Câmara Setorial das Plantas Nativas de MS. Temos estendido esforços para trazer a cultura da produção de guavira e de outras plantas nativas para transformar a produção em produção comercial, trazer renda para o pequeno produtor, incentivando também a cultura, porque a guavira tem muito a ver com a cultura sul-mato-grossense”, falou.
“É uma honra participarmos desse projeto, que tem uma característica importante: é uma forma de potencializar recursos públicos e privados, investidos em pesquisa, e de integrar e unir as instituições. Acompanhamos há anos esse trabalho. Vemos que a guavira é uma alternativa muito interessante para a agricultura familiar. A pesquisa com certeza irá auxiliar para que tenhamos uma produção por um período maior e o maior aproveitamento dessa fruta”, declarou o diretor executivo da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), Fernando Luiz Nascimento, que representou o presidente André Borges.
A diretora do escritório da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em MS, Jislaine Guilhermino, agradeceu as parcerias na realização do evento e reiterou a importância do seminário. “Esse é um espaço de troca, de aprendizado e sobretudo um espaço de estímulo e de fomento de ações concretas relacionadas à guavira e toda a cadeia produtiva do fruto símbolo do nosso estado. Este é um espaço para que se fale também de outras questões, de meio ambiente, de preservação ambiental, de cooperativismo, de geração de renda e de destacar que é possível conciliar geração de renda e preservação ambiental e fazemos isso por meio do conhecimento e tecnologia”, falou.
O pró-reitor de Extensão, Cultura e Esporte (Proece), Marcelo Pereira, parabenizou pela proposta do projeto. “Essa ação faz da UFMS uma universidade mais próxima da sociedade. Ao mesmo tempo enxergamos essa articulação de vários setores, públicos e privados, em prol de alavancar tanto uma tecnologia social quanto um produto novo e isso tudo será revertido em benefícios para a nossa sociedade, para a nossa cultura”, observou.
“Nós como colegas, pesquisadores, docentes, temos esse papel dentro da universidade que vai além do ensino, que é a extensão, levar à comunidade nosso trabalho e melhorar a divulgação da potencialidade não apenas da guavira, mas de diversos outros frutos específicos do Cerrado e do Pantanal. A guavira tem potencial riquíssimo, nutricional e tecnológico com produtos que já vêm sendo comercializados, e ainda potencial muito grande de aplicabilidade no desenvolvimento de novos produtos”, apontou a diretora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Alimentos e Nutrição (Facfan), Fabiane Ziegler.
“É com muita alegria que realizamos o seminário com essa importante missão de divulgar o fruto símbolo do estado de MS e tentando alavancar o plantio, a conservação, a parte de desenvolvimento de produtos, pensando na cadeia produtiva que pode gerar muita riqueza para nosso estado, além de saúde e bem estar. Agradeço todo o apoio das instituições para essa realização. Desejo a todos um ótimo evento”, desejou a coordenadora do projeto de extensão Seminário Estadual da Guavira, Raquel Campos.
A programação do 4º Seminário Estadual da Guavira: agrofloresteie segue nesta tarde com a contação de causos poemas e poesias da guavira, e grupos de trabalho onde serão discutidos temas como sociobiodiversidade, sistemas agroflorestais, pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e a cadeia produtiva da guavira. Mais informações podem ser obtidas no site do evento.
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