Joaquim Padilha
O presidente Michel Temer (PMDB) nomeou nesta quinta-feira (13) a sub-procuradora Raquel Dodge como sucessora do procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, no comando da PGR. Dodge só irá assumir o posto em setembro.
A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira, um dia após a sabatina do Senado Federal, no qual a procuradora afirmou buscar um "caminho do entendimento".
Nesta quarta-feira (12), Raquel teve uma reunião a noite com o presidente Michel Temer, no Palácio do Planalto. A futura PGR é considerada mais branda que Janot, que de acordo com Temer atua para promover uma "revanche", "destruição" e "vingança" desde que apresentou denúncia de corrupção passiva contra o presidente.
A sabatina de Dodge ocorreu de forma tranquila, diferente da de Janot, ocorrida em 2015 poucos dias após o procurador ter apresentado as primeiras denúncias contra parlamentares envolvidos nos esquemas da Operação Lava-Jato.
A futura procuradora-Geral da República defendeu um controle maior sobre a divulgação de informações sigilosas durante as investigações, para não manchar os nomes dos suspeitos antes de uma eventual condenação.
"É cada vez mais necessário que a atuação do Ministério Público, de partida, seja calcada em provas mais coerentes em face de todos os fatos que são imputados, para que a dúvida não desonre a dignifidade da pessoa enquanto não haja condenação", disse Dodge.
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