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Conforme explicado pelos delegados Marcelo Guimarães Mascarenhas e Luis Henrique Corrêa da Silveira, durante coletiva de imprensa feita em Dourados, a partir de Deodápolis, os golpistas atuavam no país todo. "Eles faziam compras no Mercado Livre, shoppings, Magazine Luiza, Lojas Gazin, através do dinheiro conseguido com fraude no CPF de outras pessoas", explicaram.
Apesar da pouca idade, os delegados afirmam que os dois investigados "sabiam o que estavam fazendo". Em todo o Brasil foram registrados, apenas em 2020, 1.3 milhão de fraudes no benefício, concedido pelo Governo Federal. "O golpe envolve dinheiro público, dos brasileiros mais sofridos, que são os que precisam desse auxílio para contas como alimentação e remédio", afirma o delegado Luis Henrique.
No Estado, o número de benefícios fraudados ainda não foi levantado pela Polícia Federal. Notebooks e celulares foram apreendidos e serão periciados. Em apenas uma semana, em março de 2020, os bandidos conseguiram aplicar 12 fraudes, a partir da cidade de Deodápolis.
Ainda conforme os delegados, fraudes feitas por outras pessoas também são investigadas, em segundo momento da operação. O valor total desviado ainda não foi divulgado e a PF trabalha para identificar outros membros da organização.
As investigações tiveram início em maio deste ano, quando foram analisadas as informações registradas na BNFAE (Base Nacional de Fraudes ao Auxílio Emergencial), que acabou identificando um beneficiário das fraudes relacionadas à concessão do benefício emergencial.
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