A sentença foi publicada na última quarta-feira (8), assinada pelo juiz federal Ricardo Duarte Ferreira Figueira, de Ponta Porã. De acordo com o site Midiamax, o magistrado definiu pena de 33 anos e 4 meses ao réu, a ser cumprida em regime fechado e também sem possibilidade de apelar em liberdade.
Conforme o magistrado, permanecem os fundamentos que justificam a decretação da prisão preventiva do condenado em unidade federal. Também deve ser mantida a prisão para garantia da aplicação da lei penal e da ordem pública. Para o juiz, posto em liberdade Bebezão pode tentar fuga.
Liderança do PCC
Conforme o magistrado, na denúncia do MPF (Ministério Público Federal), Weslley é apontado como autor dos crimes de integrar e comandar organização criminosa armada e transnacional, exercendo função de comando, também de tráfico transnacional de drogas e concurso material de crimes.
Na peça, consta que Weslley, o ‘Bebê’, e outros membros do PCC passaram a liderar a atuação na fronteira de Ponta Porã com Pedro Juan Caballero (PY) após a prisão de Giovanni Barbosa da Silva, o ‘Bonitão’. A denúncia aponta também que Weslley e Giovanni agiram juntos em meados de maio de 2020, quando mantiveram em depósito grande quantidade de maconha e cocaína, que depois foi transportada para a Zona Leste de São Paulo (SP).
No âmbito da Operação Exílio, da Polícia Federal, foi identificado que Weslley foi empossado como liderança do PCC na fronteira após a prisão de Giovanni e que era subordinado de ‘Bonitão’, não agindo sem a autorização deste. Ainda nas investigações, a polícia abordou uma Amarok de placas paraguaias, com o registro de pareamento de celular com o nome ‘iPhone do Giovanni’.
No veículo, que então seria de ‘Bonitão’, foram encontrados vários documentos de Weslley, bem como celulares pertencentes a ele e dinheiro. A partir das conversas gravadas no telefone, foi confirmada a ligação entre os acusados. Também foi descoberta conversa entre Weslley e a cúpula do PCC na Bolívia, durante negociação de grandes cargas de cocaína que seriam levadas até a Europa.
Prisão
Weslley já tinha contra ele mandado de prisão em aberto desde 6 de fevereiro, por conta de uma operação. No entanto, só foi preso em março, na Operação Empossados, quando foi flagrado com outros 15 comparsas, ocasião em que vários fuzis e munições acabaram apreendidos.
Além de Weslley, outros brasileiros presos também acabaram expulsos para o Brasil. Após a prisão, o acusado ainda tentou pedido de habeas corpus, que foi negado considerando a posição de liderança na facção criminosa e também o risco de fuga para o país vizinho, onde ele alega ter residência fixa.
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