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(Foto: Fabrizio Bensch/ Reuters)
O Parlamento da Alemanha aprovou nesta sexta-feira (30) um projeto de lei que legaliza o casamento entre pessoas do mesmo sexo. A aprovação acontece menos de uma semana depois de a chanceler alemã, Angela Merkel, que votou contra, liberar os integrantes do seu partido para votar de acordo com sua convicções.
A nova lei, que precisa ser ratificada pela Câmara Alta do Parlamento para entrar em vigor, o que deve acontecer até o fim do ano, concederá aos casais homossexuais o direito à adoção.
O projeto de lei foi aprovado por 393 deputados, integrantes de três partidos de esquerda representados na Câmara Baixa do Parlamento - social-democratas, Verdes e esquerda radical - e parte dos deputados da ala conservadora de Angela Merkel, segundo a France Presse.
Entre os deputados conservadores, 226 votaram contra o projeto, incluindo Merkel. Porém, a chancelere, que buscará um quarto mandato na eleição nacional no dia 24 de setembro, ponderou: "Eu espero que a votação de hoje não apenas promova respeito entre as diferentes opiniões, mas também traga mais coesão social e paz", de acordo com a Reuters.
"Para mim, o casamento é, segundo nossa Constituição, uma união entre um homem e uma mulher. Por isto votei contra o projeto de lei", afirmou Merkel à imprensa.
Na segunda-feira (29), a chanceler declarou em uma entrevista que estava disposta a permitir que os deputados de seu partido conservador, União Democrata Cristã (CDU), votassem de acordo com sua consciência sobre a questão, ou seja, sem uma determinação partidária.
Berlim aprovou em 2001 uma união civil que concede os mesmos direitos que o casamento, com exceção de algumas vantagens fiscais ou no que diz respeito à adoção.
Quando passar a vigorar a nova lei, a Alemanha se unirá assim aos 20 países ocidentais, entre eles 13 europeus, que já legalizaram o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
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