Joaquim Padilha
O fundador do aplicativo Uber, Travis Kalanick, que estava até então afastado da presidência da empresa, renunciou ao cargo de comando do negócio nesta terça-feira (20). Ele deve permanecer no conselho da empresa.
O anúncio da demissão, feito pelo jornal The New York Times, ocorre após pelo menos 20 pessoas terem sido demitidas da empresa, depois de uma auditoria ter investigado denúncias de assédio dentro da Uber.
Kalanick vinha sofrendo várias críticas frente às denúncias. O estopim foi o depoimento de uma ex-funcionária, Susan Fowler, que havia trabalhado como engenheira na Uber entre novembro de 2015 e dezembro de 2016.
Susan afirmou que foi assediada de forma moral, sexual e sexista por seus superiores na empresa, e que todas as reclamações protocoladas no departamento de recursos humanos foram ignoradas.
Cinco dos principais investidores da Uber já tinham pedido, em uma carta, a renúncia imediata de Kalanick, dizendo que a empresa precisava de uma liderança para iniciar "um novo capítulo de sua história".
"Eu amo a Uber mais do que qualquer coisa no mundo e, neste momento difícil da minha vida pessoal, aceitei o pedido dos investidores para se afastar para que a Uber possa voltar a crescer em vez de se distrair com outra luta", declarou Kalanick.
(com supervisão de Evelin Cáceres)
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