Petrobras sobe mais de 5% após novo presidente falar em conciliar consumidor e acionista
Petrobras sobe mais de 5% após novo presidente falar em conciliar consumidor e acionista
20/04/2021 às 11h02Atualizada em 20/04/2021 às 15h02
Por: RegiãOnline
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FOLHAPRESS
As ações da Petrobras subiram mais de 5% nesta segunda-feira (19), após o novo presidente da estatal, o general Joaquim Silva e Luna, afirmar que reduzirá a volatilidade dos preços de combustíveis sem desrespeitar a paridade internacional.
'Não há dúvidas de que os principais desafios são: fazer a Petrobras cada vez mais forte, trabalhando com visão de futuro, com segurança, respeito ao meio ambiente, aos acionistas e à sociedade em geral, de forma a garantir o maior retorno possível ao capital empregado', afirmou o executivo em sua cerimônia de posse nesta segunda-feira.
Ao final da sessão, os papéis da Petrobras subiram 5,80% (preferenciais, sem direito a voto) e 5,03% (ordinárias, com direito a voto).
A afirmação, veio após o presidente anterior da estatal, Roberto Castello Branco, ter sido substituído em meio a críticas do presidente Jair Bolsonaro por uma alta expressiva dos preços de diesel e gasolina no Brasil, que refletiam avanço das cotações no exterior.
'Além disso, o novo presidente fez questão de ressaltar que tem como meta garantir o maior retorno possível ao capital empregado. O mercado não acreditava em uma virada brusca de ideologia para a empresa, mas, sem dúvida, esse discurso foi bastante amigável e positivo para o investidor', afirmou o analista da Clear Corretora, Rafael Ribeiro.
'Agora, resta saber como serão adotadas as medidas, mas, no primeiro impacto, o discurso foi bem recebido pelo mercado.'
Segundo o analista de research da Ativa Investimentos Ilan Arbetman, apesar de o tom adotado por Luna ter sido conciliatório, parcimonioso e benigno, a aplicação das transformações no dinamismo de preços e a manutenção da paridade tendem a ser antagônicas.
'Acreditamos, atualmente, que o movimento de suavização nos preços poderia ser criado através de um fundo de estabilização, que apesar de ser mais benigno que uma medida mais drástica como o cancelamento da paridade, requererá habilidade e possivelmente, capital político até ser formulada de forma definitiva e aplicada', afirmou o analista em nota.
'Uma vez que a mudança no comando da petrolífera fora motivada pela insatisfação do Executivo com a política atual de preços, acreditamos que uma definição sobre os rumos da nova abordagem quanto a política de preços será o primeiro e principal desafio da nova gestão.'
Apesar de as ações da Petrobras terem impulsionado a Bolsa de Valores brasileira para o terreno positivo ao longo da tarde, o Ibovespa, principal índice acionário do país, terminou o pregão desta segunda-feira (19) em queda de 0,15%, aos 120.933 pontos, em sessão volátil marcada por ajustes depois de a Bolsa brasileira ter tido três semanas de ganhos.
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