Assessoria Parlamentar
Em pleno auge da pandemia da Covid-19 no Brasil, indígenas das aldeias de Dourados, onde se concentra a maior reserva urbana de Mato Grosso do Sul, continuam sofrendo com a falta de água. “É um problema recorrente, que vimos cobrando desde 2019 e que se agravou no ano passado, com o surgimento do coronavírus, vitimando irmãos indígenas e exigindo ações ainda mais eficazes”, repercutiu o deputado Barbosinha (DEM) durante a sessão desta quinta-feira (11) da Assembleia Legislativa, após ser procurado por lideranças das aldeias Jaguapiru e Bororó do Município.
O deputado Barbosinha disse, durante encontro com as lideranças Fernando de Souza, Jerry Jerônimo de Souza, Livanir Machado Aquino, Érica Ramires e Rosecleia Gonçalves, que não se concebe, diante da gravidade dessa situação, medidas paliativas como as que vinham sendo adotadas nos últimos anos por parte da Sesai (a Secretaria de Saúde Indígena) do Ministério da Saúde, “distribuindo água de conta-gotas quando existe uma necessidade premente de mais de 13 mil índios com a falta desse líquido indispensável ao combate da Covid-19”.
No ano passado, quando esteve nas aldeias, o parlamentar douradense propôs às lideranças das etnias ali estabelecidas encabeçar um movimento para que a Sanesul, a empresa estadual de abastecimento de água e tratamento de esgoto, assuma essa responsabilidade. “Ao longo dos últimos 40 anos, a Sanesul se especializou no que faz, é hoje uma das companhias de saneamento melhor conceituadas no País, e não tem sentido que, diante desse quadro, nossas comunidades indígenas permaneçam à margem dessa evolução”, considerou.
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