MIDIAMAX
Wanderson Santos de Jesus, de 23 anos, morto em confronto com o Batalhão de Choque nesta quinta-feira (11), foi mandante da execução de uma jovem em agosto de 2020, em Fortaleza (CE). O crime foi transmitido ao vivo e a jovem foi morta com golpes de picareta e pedradas na cabeça, julgada em tribunal do crime do PCC (Primeiro Comando da Capital).
Durante a Operação Malleus, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), Batalhão de Choque cumpria mandados em Fátima do Sul, quando foi até a casa onde estava Wanderson. Uma mulher de 22 anos que estava no local e tinha contra ela um mandado de prisão em aberto acabou detida.
Os militares então localizaram Wanderson, que foi abordado, mas se negou a colocar as mãos na cabeça e ainda estendeu o braço para tentar pegar uma arma de fogo. Ele chegou a apontar a arma para um dos policiais, que revidou e disparou. Wanderson ainda foi levado ao hospital, mas não resistiu.
Na casa ainda foram apreendidas 40 porções de maconha e um revólver calibre 22, com 5 munições.
Ao todo, foram expedidos 46 mandados, sendo 32 de prisão preventiva e 14 de busca e apreensão. Os alvos da operação são integrantes da organização criminosa PCC, que atuam em Campo Grande, Dourados, Ribas do Rio Pardo, Deodápolis, Fátima do Sul, Jateí, Caarapó e também no Estado do Ceará, praticando assassinatos, assaltos e tráfico de drogas ilícitas.
Foi apurado pela investigação que durante estas conferências, além de ter sido debatido o assassinato de um delegado de Polícia e de Policiais Militares, houve integrantes da organização que, por determinação de Wanderson, sequestraram e executaram barbaramente uma jovem com golpes de picareta e com pedradas na cabeça, por acreditarem que ela poderia fazer parte do Comando Vermelho.
Parte desses alvos participa ativamente de “Tribunais do Crime', como são chamadas pela organização criminosa as conferências realizadas para aplicação de punições a membros faltosos ou a integrantes de facções rivais.
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