Falsa curandeira que aplicou golpe para tirar “macumba” de criança é presa

 ALETHEYA ALVES / CAMPO GRANDE NEWS

 (Foto: Arquivo Pessoal)

Mulher, de 61 anos, que aplicou golpe para tirar “macumba' de criança em Prudêncio Thomaz, distrito de Rio Brilhante,  foi presa em Campo Grande nesta sexta-feira (5). A falsa curandeira fugiu após receber quase R$ 7 mil da mãe do menino.

O boletim de ocorrência foi registrado pela mãe, de 23 anos, na última sexta-feira (29). De acordo com ela, a extorsão foi cometida por quatro meses. Após procurar por tratamentos para o filho, de seis anos, que tem paralisia cerebral, a mulher encontrou a falsa curandeira em agosto de 2020.

Conforme divulgado pela Polícia Civil, a criminosa foi citada em, pelo menos, três boletins de ocorrência de estelionato apenas em 2020. Além disso, ela é ré em outros dois processos do mesmo crime, que estão suspensos porque não havia localização de seu paradeiro. Agora, ela será indicada pelo crime de estelionato e encaminhada ao presídio local.

No encontro inicial, a charlatã disse que o menino estava com desnutrição causada por alergia ao leite de vaca em bebês e que alguém teria feito uma “macumba' contra a criança. Para fazer o “trabalho', a mulher pediu R$ 1.635 parcelado em três vezes, mais R$ 1,2 mil.

Após o pagamento, a mulher disse que a criança iria retornar a andar e, como não houve a melhora, ela pediu mais R$ 372.  Depois disso foram realizados outros pagamentos de R$ 1,2 mil, R$ 1,6 mil, R$ 600, R$ 260 e R$ 600. Os valores foram pagos com dinheiro e bens materiais.

Com a criança continuando da mesma forma, a mãe pediu o dinheiro de volta e, com isso, a falsa curandeira vendeu a casa e fugiu.

Esperança - Ao Campo Grande News, a mãe explicou que “era o sonho de toda mãe, ver o filho normal de novo'. De acordo com ela, a criança havia se desenvolvido de forma regular até os oito meses, mas passou a emagrecer, sem conseguir caminhar ou falar.

Além do menino, ela tem outros dois filhos, com a complicação de que o marido está desempregado. A criança de seis anos recebe benefício da Loas (Lei Orgânica de Assistência Social), já que recebeu laudo de paralisia cerebral, mas a mãe não concorda com o diagnóstico.