O presidente Pedro Caravina (Foto: Edson Ribeiro
O presidente da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), Pedro Caravina, orienta prefeitos e prefeitas a adotarem novas medidas restritivas diante do agravamento da crise da pandemia da Covid-19 (novo coronavírus).
A recomendação de Caravina, que é prefeito de Bataguassu, é que todas as prefeituras decretem, entre outras medidas, o “toque de recolher”, seguindo o programa Prosseguir do governo do Estado.
Assinado pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB), decreto adota medidas mais restritivas para conter o avanço da Covid-19 no estado, determinando às prefeituras a impor toque de recolher entre às 22h e às 5h .
“Os municípios vão fazer sua parte, mas somente com a conscientização e responsabilidade da população vamos conseguir vencer esse período difícil”, disse o líder municipalista que desde o início da pandemia tem alertado os colegas gestores sobre os riscos do avanço de contaminação pela doença.
Vários prefeitos se manifestaram favoráveis à medida, entre os quais, Elizangela Biazoti (Juti), Carlinhos Peregrini (Tacuru), Donato Lopes (Rio Brilhante), Enelton Ramos (Sonora), Dalmy Crisostomo (Alcinópolis), Éder Uilson França Lima, o Tuta (Ivinhema), Ronaldo Miziara (Paranaíba), Odilon Ribeiro (Aquidauana), Valdir Júnior (Nioaque), Marcelo Iunes (Corumbá), Eraldo Leite (Jateí), Buda do Lair (Rio Negro) e Wilian Luiz Fontoura (Pedro Gomes).
“Pedro Gomes fez novo decreto em 11/12/2020 estabelecendo o Toque de Recolher e outras medidas restritivas para o enfrentamento ao novo Coronavirus - Covid-19. Como sugestão a todos, apesar de estarmos no final do ano, momento festivo, precisamos muito dessas medidas, sob pena de pagarmos um preço alto, como perdas de vida”, sugeriu Willian aos colegas no grupo de WhatsApp dos prefeitos.
Além de orientar às regras sanitárias, incluindo uso de álcool em gel e distanciamento social, a diretoria da Assomasul distribuiu entre os municípios 20 mil máscaras (Face Shields) em parceria com o projeto Corona Vidas Hub Dourados/MS, 500 termômetros e igual número de totens de álcool em gel, cujo dispositivo permite fazer a higiene das mãos acionando um pedal, impedindo assim qualquer contato manual com o equipamento.
As restrições, segundo o decreto governamental, são aplicadas em um momento de grande alta nos casos de Covid-19 em Mato Grosso do Sul.
GRAU EXTREMO
De acordo com informações da Secretaria de Estado de Saúde, o estado ainda possui três municípios com grau extremo no programa Prosseguir, que mede o grau de risco para a Covid-19 com base em uma série de parâmetros e recomenda a partir da classificação em bandeiras quais ações devem ser adotadas e atividades podem funcionar -- Naviraí, Amambai e Dois Irmãos do Buriti.
Pelo programa Prosseguir, apenas atividades essenciais deveriam funcionar nesses municípios, o que não está sendo seguido pelas demais prefeituras sul-mato-grossenses.
A maioria dos municípios se encontra no grau alto de risco para Covid-19, de acordo com o programa, incluindo Campo Grande, Aquidauana, Dourados e Corumbá.
Segundo o Prosseguir, apenas atividades essenciais e não essenciais de baixo risco deveriam funcionar nesses municípios. Apenas Três Lagoas, Selvíria, Angélica e Novo Horizonte do Sul estão com a bandeira amarela, indicando grau tolerável para a doença e autorizando atividades não essenciais de baixo, médio e alto risco.
Os hospitais nas grandes cidades do estado também enfrentam dificuldades no atendimento a pacientes com o novo coronavírus.
No Hospital Regional de Campo Grande, referência no atendimento a Covid no estado, a situação é descrita como "à beira do colapso" na segunda semana de dezembro.
Fonte: Assessoria Assomasul