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Arroz teve alta de 90% entre janeiro e agosto, diz Procon de Dourados

Arroz teve alta de 90% entre janeiro e agosto, diz Procon de Dourados

Por: RegiãOnline
15/09/2020 às 09h46 Atualizada em 15/09/2020 às 13h46

DOURADOS AGORA

 

Nos últimos dias, os consumidores douradenses foram surpreendidos com os repentinos aumentos de preços nas prateleiras dos supermercados, principalmente dos produtos de primeira necessidade. De acordo com o Procon de Dourados, a cesta básica teve uma alta de cerca de 20% na cidade, somente entre os meses de julho e agosto. O preço elevado de commodities no mercado internacional e também uma queda do real em relação ao dólar pode explicar a inflação nesse período.

'Com relação as altas dos preços, o que mais tem se observado são, justamente, os produtos tipo exportação, as chamadas commodities: soja, milho, arroz, trigo, café, açúcar, que além de ter um aumento em dólar, o Brasil ainda teve uma desvalorização do real, de janeiro a agosto, de cerca de 33%. Então, isso aí refletiu muito na despesa', explica o diretor do Procon de Dourados, Antônio Marcos Marques, sobre a inflação do custo de gêneros alimentícios para os consumidores.

O aumento de preço que mais tem chamado a atenção dos douradense é de um dos principais itens que compõem a mesa do brasileiro: o arroz. 'O item que mais chamou a atenção, que cresceu no valor esse ano, de janeiro a agosto, foi o arroz, cerca de 90%. Mas, agora, nós já temos informações de que o Governo Federal está isentando a taxa de importação do arroz. Então, isso poderá refletir um pouco na queda do custo desse produto', confirma o diretor do órgão de defesa do consumidor. Antônio Marcos pede para que a população não faça estoque de arroz. Ele sugere que os consumidores comprem o necessário. 'Evitar de querer comprar muitos pacotes, comprar o mínimo possível até que se baixe os preços', pede o diretor.

Medidas de contenção

O Procon Estadual pediu intervenção do poder público, 'especialmente dos Ministérios da Justiça, da Economia e da Agricultura, no sentido de conter os frequentes aumentos'. O órgão 'já notificou alguns supermercados e está desenvolvendo ação no sentido de notificar todos os ‘atacarejos’ do Estado a demonstrarem, por meio de nota fiscal de aquisição, as razões para a prática dos atuais reajustes', divulgou na última semana a assessoria do Governo de Mato Grosso do Sul.

O Procon Municipal possui uma equipe de fiscalização que, mensalmente, realiza um levantamento dos preços dos produtos da cesta básica em mais de dez estabelecimentos de supermercados e atacarejos da cidade. E, no caso de denúncias, essa equipe vai até o estabelecimento para verificar a veracidade e, se for o caso, notificar o infrator. 'Com relação a álcool gel e outros produtos, logo no início da pandemia do novo coronavírus, houveram muitas denúncias com relação a preços. Foram abertos cerca de 20 procedimentos para apurar essa situação. E eu gostaria de informar também que o Procon, mensalmente, faz a pesquisa, dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha e, agora, bimestralmente está fazendo da cesta básica de materiais de construção', explica Antônio Marcos sobre a atuação do órgão de defesa do consumidor em Dourados.

'O consumidor, toda vez que fizer uma compra ou contratar algum serviço, deve pegar nota fiscal, pegar recibo e fazer um contrato bem elaborado, o que sempre facilita para o Procon atuar, principalmente no caso de abuso e falta de cumprimento no oferecimento do produto', orienta Marques.

O Programa Municipal de Proteção e Defesa do Consumidores está realizando agendamento de atendimento. O órgão fica localizado na Rua Antônio Emílio de Figueiredo, 1910, centro e está atendendo e registrando denúncias através dos telefones 151, 67 3411-7654, 67 3411-7754 e 67 98468-8294, e e-mail [email protected]

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