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Neto abre caixão durante velório e descobre que corpo de avó foi trocado

Neto abre caixão durante velório e descobre que corpo de avó foi trocado

06/05/2020 às 22h37 Atualizada em 07/05/2020 às 02h37
Por: RegiãOnline
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Por G1

Maria da Conceição Oliveira, de 68 anos, testou positivo para a Covid e está internada no Hospital Abelardo Santos, em Belém, desde 30 de abril. — Foto: Arquivo Pessoal

 

A família de uma mulher de 68 anos diagnosticada com Covid-19 percebeu durante o velório que o corpo no caixão era de outra pessoa. Apesar da emissão da certidão de óbito ter o nome de Maria da Conceição Oliveira, a idosa está viva e foi encontrada, após insistência da família, em um leito do Hospital Abelardo Santos, em Belém, no Pará.

Um dos netos da mulher descumpriu as recomendações das autoridades de saúde e abriu o caixão durante o velório, na sexta-feira (1º/5). Ao site de notícias G1, a família de Maria contou que desconfiou da morte da idosa após o funcionário da funerária falar características do corpo dentro do caixão.

Após perceberam que o corpo havia sido trocado, os familiares foram até o hospital. “Fizemos um escândalo na frente e entrou o neto dela. Ele teve que ver mais de 30 cadáveres, um por um, correu risco, e não encontrou a avó. Todo mundo dizendo que ela estava morta”, disse Tallya Fernandes, parente de dona Maria.

A família contou com a ajuda de uma enfermeira para encontrar o paradeiro da idosa. A funcionária chegou a fazer uma chamada de vídeo com os netos de Maria para comprovar que ela está viva. A família informou que registrou um boletim de ocorrência contra a unidade de saúde.

Colapso funerário

O estado do Pará vive um colapso funerário. Em nota, a Secretaria de Saúde (Sespa) reconheceu o erro envolvendo Maria da Conceição e informou que a confusão é consequência da falta de estrutura diante do aumento de doentes e de mortos. Segundo a Sespa, o serviço de Verificação de Óbito (SVO) atendeu na última sexta-feira (1º/5) 35 casos, destes cerca de 50% foram por síndrome respiratória aguda grave (SRAG), o que é cerca de 20 vezes mais do que o normal.

Até o último boletim epidemiológico, o Pará registrava 4.125 casos confirmados de coronavírus e 330 mortes.

 

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