correio do estado
Vários bairros de Campo Grande estão infestados de bocas de fumo, biqueiras e outros pontos de distribuição de drogas. Segundo a Polícia Civil, pequenos traficantes sitiaram bairros como Tiradentes, Nhá-Nhá, Aero Rancho e Los Angeles, fomentados por usuários que se deslocam de diversas regiões para comprar ou então para receber em casa via “disque-droga”. A polícia afirma que o cenário é reflexo do duplo sentido da lei que aborda o tráfico, que define os mesmos critérios tanto para quem vende quanto para quem usa, bem como ao fácil acesso às fronteiras com a Bolívia e o Paraguai, respectivamente os maiores fornecedores de cocaína e maconha.
Conforme o delegado Rodrigo Guiraldelli Yassaka, da Delegacia de Repressão ao Narcotráfico (Denar), não bastassem as brechas na lei, a posição geográfica faz com que Mato Grosso do Sul seja um dos maiores corredores do tráfico do país e tenha a droga mais barata do que em qualquer outro estado. O quilo de maconha, por exemplo, pode custar aqui até dez vezes menos do que em São Paulo, com preço que varia de R$ 100 a mais de R$ 1 mil.
(*) A reportagem, de Renan Nucci, está na edição de hoje do jornal Correio do Estado.
Mín. 21° Máx. 38°