Joaquim Padilha
O presidente Michel Temer (PMDB) perdeu mais um de seus assessores especiais nesta quarta-feira (24). Em meio a crise política no Palácio do Planalto, o ex-deputado Sandro Mabel (PMDB) deixou sua sala ao lado do gabinete presidencial.
Mabel é o terceiro assessor especial a abandonar o presidente na última semana, e o quarto a debandar do governo desde o fim do ano passado.
Em carta aberta ao presidente, o ex-deputado afirma ter saído por questões particulares, e diz que solicitou sua saída em dezembro, porém permaneceu no cargo por compromisso com Temer.
Mabel é investigado na Justiça Federal de Goiás, Estado em que foi eleito, por suspeita de ter recebido R$ 100 mil para sua campanha eleitoral. O ex-parlamentar diz que as doações foram oficiais.
Além de Mabel, o assessor Tadeu Filippelli (PMDB) foi exonerado do cargo após ter sido preso na Operação Panatenaico, da Polícia Federal, nesta terça-feira (23).
O deputado afastado Rocha Loures (PMDB) também deixou a assessoria do presidente depois de ter sido flagrado em vídeo recebendo R$ 500 mil de um operador da JBS, em uma ação controlada em acordo da empresa com a PGR.
O primeiro assessor a deixar o governo foi o advogado José Yunes, que teria recebido R$ 1 milhão em nome do ministro Eliseu Padilha a serem repassados ao doleiro Lúcio Funaro, preso na Lava-Jato.
(com supervisão de Evelin Cáceres)
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