Quinta, 10 de Outubro de 2024
21°C 38°C
Dourados, MS
Publicidade

Impeachment de Bolsonaro divide partidos de oposição

Impeachment de Bolsonaro divide partidos de oposição

26/04/2020 às 23h55 Atualizada em 27/04/2020 às 03h55
Por: RegiãOnline
Compartilhe:

Impeachment de Bolsonaro divide partidos de oposição

Estadão Conteúdo

 

As acusações feitas pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro contra o presidente da República, Jair Bolsonaro, dividiram os partidos de oposição. Diante das revelações de Moro, cada sigla decidiu agir por conta própria, disputando protagonismo no pedido de impeachment. A proposta de um processo conjunto de impedimento do presidente fracassou.

Uma parte da bancada do PSOL já havia feito o mesmo semanas atrás.

O PT pisou no freio, por orientação do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva.

Em reunião com a presidente do partido, a deputada federal Gleisi Hoffmann, o ex-presidenciável Fernando Haddad, o ex-ministro Aloisio Mercadante e os líderes das bancadas na Câmara e no Senado, Lula orientou o partido a ter cautela diante das revelações de Moro.

Anteontem, o ex-juiz da Lava Jato anunciou sua demissão com um pronunciamento em que acusou Bolsonaro de interferir politicamente na indicação de nomes para chefia da Polícia Federal (PF).

Horas depois, Lula participou de uma reunião com a executiva nacional do partido e outras lideranças na qual ficou decidido que a legenda não entraria isoladamente com um pedido de impeachment. Por outro lado, os petistas não vão se opor à ação e, caso a Câmara abra o processo, vão votar em bloco contra Bolsonaro.

Críticas

Ao longo do dia, o PT dividiu o foco das críticas entre Bolsonaro e Moro, responsável pela sentença que levou o petista a passar um ano e meio preso em Curitiba, no processo do triplex do Guarujá, em que Lula foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro.

Em suas redes sociais, Gleisi comparou a fala de Moro a uma “delação”. Vídeo distribuído por lideranças do partido no início da noite de sexta-feira destacava o “elogio” de Moro a Lula e à ex-presidente Dilma Rousseff.

Em seu discurso de demissão, o ex-ministro da Justiça disse que “apesar dos problemas” de corrupção, os governos petistas mantiveram a autonomia da PF nas investigações.

A falta de unidade entre os partidos de oposição fez naufragar uma iniciativa da direção do PSOL, que tentou articular um pedido de impeachment que seria assinado por juristas, intelectuais e entidades representativas da sociedade civil.

A ideia foi lançada no início da tarde e levada por cada partido para discussões internas. A decisão deveria acontecer na reunião dos presidentes dos partidos, anteontem, mas PDT e PSB sequer participaram da conversa, o PT tirou o pé do acelerador e o PCdoB também.

O PCdoB ainda tentou articular uma ação conjunta, mas também fracassou. Não houve unidade nem sequer para a redação de uma nota conjunta.

“O PSOL apoia todas as formas constitucionais para afastar Bolsonaro, inclusive o impeachment. Passamos o dia buscando costurar um pedido amplo, envolvendo entidades e partidos. Mas, infelizmente, alguns partidos preferiram a inação”, disse o presidente do PSOL, Juliano Medeiros. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
Dourados, MS
22°
Chuvas esparsas

Mín. 21° Máx. 38°

23° Sensação
5.01km/h Vento
86% Umidade
100% (46.14mm) Chance de chuva
06h11 Nascer do sol
06h40 Pôr do sol
Sex 32° 20°
Sáb 24° 18°
Dom 30° 17°
Seg 34° 20°
Ter 33° 21°
Atualizado às 08h03
Publicidade
Publicidade
Economia
Dólar
R$ 5,58 -0,35%
Euro
R$ 6,10 -0,42%
Peso Argentino
R$ 0,01 +0,29%
Bitcoin
R$ 359,977,46 +0,37%
Ibovespa
130,221,61 pts 0.2%
Publicidade
Lenium - Criar site de notícias