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A recessão econômica e seus reflexos, como aumento do desemprego e a perda do poder de compra, fizeram crescer consideravelmente o índice de famílias que tiveram que adiar planos da casa própria ou até mesmo abrir mão do imóvel já adquirido. O ano de 2016 pode terminar com aumento de 30% nos casos de devoluções de imóveis comprados na planta, os chamados distratos, em Mato Grosso do Sul. A estimativa é baseada nos atendimentos realizados pela Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH).
Conforme Bárbara Grassi, consultora jurídico, a média de atendimentos de pessoas interessadas em devolver o imóvel adquirido na planta, neste ano, gira em torno de 28 a 35 ao mês, o que corresponde a, ao menos, um atendimento por dia. Enquanto isso, no ano passado, a média era de 15 a 20 consultas/mês.
“Trata-se de uma situação preocupante. O aumento em relação ao ano passado foi expressivo por conta dessa crise econômica nacional. Em mais de 90% dos casos, as pessoas não têm condições financeiras de manter o contrato. Elas priorizam as contas essenciais, água, luz, alimentação, e as parcelas ficam para trás”.
(*) A reportagem, de Renata Prandini, está na edição de hoje do jornal Correio do Estado.
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