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Bolsonaro defende isolamento vertical e sugere que país pode 'sair da normalidade democrática'

Bolsonaro defende isolamento vertical e sugere que país pode 'sair da normalidade democrática'

25/03/2020 às 09h48 Atualizada em 25/03/2020 às 13h48
Por: RegiãOnline
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Gustavo Maia/oglobo

BRASÍLIA - O presidente JairBolsonaro afirmou nesta quarta-feira que a orientação do governo federal será que a população adote o "isolamento vertical" a partir de agora, deixando apenas idosos e pessoas com doenças pré-existentes fora do convívio social. Segundo ele, não há outra alternativa, mas a decisão será sacramentada após uma conversa com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

- Conversei por alto com Mandetta hoje e vamos definir essa situação. Tem que ser, não tem outra alternativa. A orientação vai ser o [isolamento] vertical daqui pra frente. Vou conversar com ele e tomar uma decisão. Não escreva que já decidi, não. Vou conversar com o Mandetta sobre essa orientação - declarou.

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Em entrevista coletiva na frente do Palácio da Alvorada, Bolsonaro reiterou o que disse no pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV, na véspera, e disse esperar que o Brasil volte à normalidade e "encare o vírus até como se fosse um guerra, mas em situação de igualdade, em pé".

- Se nós nós acovardamos, formos para o discurso fácil, todo mundo em casa, vai ser o caos, ninguém vai produzir mais nada, desemprego tá aí, vai acabar o que tem na geladeira - declarou o presidente.

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Bolsonaro citou o exemplo das manifestações que ocorram no Chile para reforçar a necessidade de as pessoas voltarem a trabalhar. Segundo ele, se a crise se agravar há riscos de o país sair da normalidade democrática.

- O que precisa ser feito: botar esse povo para trabalhar, preservar os idosos, preservar aqueles que têm problemas de saúde, mais nada além disso. Caso contrário, o que aconteceu no Chile vai ser fichinha perto do que pode acontecer no Brasil. Todos nós pagaremos um preço que levará anos para ser pago, se é que Brasil não possa ainda sair da normalidade democrática que vocês tanto defendem. Ninguém sabe o que pode acontecer no Brasil. Da minha parte, eu me exponho porque o que eu quero levar para a população é uma mensagem de paz, tranquilidade, serenidade - afirmou.

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