Joaquim Padilha
A gravação feita pelo empresário e dono da JBS, Joesley Batista, em que conversa com o presidente Michel Temer (PMDB) sobre "comprar o silêncio" do deputado Eduardo Cunha (PMDB) foi enviada a peritos pelo Palácio do Planalto.
Auxiliares do presidente e aliados desconfiam que a conversa teria sido editada. Caso sejam confirmadas montagens no áudio, governo lança a tese de que há uma "conspiração" contra Temer.
O governo irá ainda reforçar o discurso do presidente Temer feito nesta quinta-feira (18) de que as gravações foram ilegais e feitas sem autorização da Justiça, segundo o jornal Folha de S. Paulo.
A escuta foi feita pelo empresário Joesley Batista antes de ele e seus executivos fecharem acordo de delação premiada com a Operação Lava-Jato. Os áudios foram entregues ao ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), nesta quarta-feira (17).
Ainda na quinta, o ministro determinou a quebra de sigilo das gravações, que foram considerados "inconclusivos" pelos assessores.
Nas gravações, também aparecem conversas com o ex-presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, afastado do cargo de senador pelo STF, em que o parlamentar pede R$ 2 milhões a Joesley Batista.
(com supervisão de Evelin Cáceres)
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