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Fibromialgia: a síndrome que “caminha' junto com a depressão

Fibromialgia: a síndrome que “caminha' junto com a depressão

12/02/2020 às 07h24 Atualizada em 12/02/2020 às 11h24
Por: RegiãOnline
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O PROGRESSO / CRISTINA NUNES

Credito Divulgação

 

 

Sentir dor por todo o corpo por mais de três meses, dormir e acordar mais cansado do que quando deitou, fazer vários exames e não encontrar nenhuma alteração no corpo que aponte o motivo da dor que não passa. Parece ser uma situação bem complicada, concorda? Esses são alguns dos motivos que fazem com que essa doença reumática tenha correlação com a depressão. O tema ganha repercussão com o início da campanha “Fevereiro Roxo”que tem o objetivo de incentivar o diagnóstico precoce tanto da fibromialgia como o lúpus e o alzheimer, doenças incuráveis.

Em relação a fibromialgia, um estudo brasileiro apontou que 2,5% da população sofre com a síndrome, sendo a maioria do sexo feminino, das quais 40,8%  pertencem a faixa etária dos 35 aos 44 anos de idade. Já em alguns países da Europa os índices de Fibromialgia chegam até 10,5% na população adulta.  A psicóloga Janaina Souto, mestre em psicologia da saúde (Unesp) e especialista em análise comportamental (USP) explica que a fibromialgia e a depressão caminham juntas. 'Não há nenhum estudo que comprove que pacientes com fibromialgia vão necessariamente desenvolver quadro de depressão, porém sintomas característicos da síndrome, como o distúrbio no sono, ansiedade, dificuldade de memória, tensão, nervosismo, por exemplo, podem ir levando a pessoa a frustração, ou até mesmo a vitimização, onde a pessoa acredita que por causa da doença é uma incapaz. É nessa situação que pode ocorrer a depressão', explica.

A médica Mariana Picolli ressalta que “sintomas depressivos são altamente prevalentes sendo encontrados em 90% dos pacientes ao longo da vida. Apesar da associação, a fibromialgia não é considerada uma causa de depressão”.  “A fibromialgia é uma condição clínica crônica na qual existe dor musculoesquelética difusa associado à sono não reparador (a pessoa acorda cansada), fadiga(cansaço) e distúrbios cognitivos. Outros sintomas como distúrbios de memória, ansiedade, depressão e alterações intestinais podem estar presentes”, explicou a médica.

A psicóloga destaca dois fatores, que de acordo com estudos ajudam no desencadeamento da Fibromialgia: um trauma psicológico ou um intenso stress. 'Esses dois acontecimentos também podem anteceder uma depressão', ressaltou Janaina. A especialista afirma que o tratamento da fibromialgia deve ser multidisciplinar. 'Reumatologista, educador físico, psicólogo, fisioterapeuta são auxílios profissionais muito relevantes para o paciente', acrescentou.

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