Wendy Tonhati
O Dia das Mães parou de ser comemorado há três anos na família de Neide Batista dos Santos. No dia 27 de outubro de 2014, aos 50 anos, a comerciante foi atingida por um tiro durante assalto ao restaurante da família, na Vila Ipiranga. Depois de 20 dias internada, Neide morreu deixando duas filhas que não têm mais motivos para comemoração no segundo domingo de maio.
“A minha mãe era honesta, trabalhou a vida inteira. Ela representava todas as mães que trabalham para criar os filhos. Não temos mais dia das mães há três anos. Ela era a base da nossa família”, conta a filha, Elis Regina, 38 anos.
A filha diz que a família nunca teve resposta sobre o latrocínio. “Nunca aconteceu nada. Falaram [a polícia] que estavam procurando, mas pararam muito rápido. Hoje sentimos a impunidade e que a justiça não foi feita”.
Segundo Elis Regina, na manhã de 27 de outubro de 2014, Neide, o marido e as netas –duas crianças- voltavam do supermercado para o restaurante na Vila Ipiranga, quando foram abordados pelos bandidos. Um deles atirou em Neide e depois fugiu, sem levar nada. Neide ficou internada no CTI (Centro de Terapia Intensiva) do HU (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian), até morrer no dia 16 de novembro.
As duas netas presenciaram o crime e fizeram acompanhamento psicológico. “O Dia das Mães é o pior dia possível. É um dia que eu gostaria que não existisse. Hoje a família inteira está de luto”.
Mín. 22° Máx. 37°