O MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública) divulgou nesta quinta-feira (30) a lista com os 26 criminosos mais perigosos do país. Três são de Mato Grosso do Sul, dentre os quais os ex-guardas civis municipais de Campo Grande José Moreira Freires, o Zezinho, e Juanil Miranda Lima.
A dupla é investigada no âmbito da Operação Omertà, por suspeita de ligação com milícia supostamente criada pelo empresário Jamil Name e pelo filho Jamil Name Filho.
Zezinho e Juanil foram condenados pela execução do delegado Paulo Magalhães Araújo, morto em frente à escola da filha em junho de 2013, na Capital. Os pistoleiros monitoraram o delegado desde a casa dele até à escola na Rua Alagoas, e lá decidiram fazer a execução.
O monitoramento teria iniciado às 7 horas e o crime aconteceu às 17 horas. Ambos também são investigados pela morte de Orlando da Silva Fernandes, o Bomba, ex-chefe de segurança de Jorge Rafaat Toumani.
Além deles, consta na lista Fábio Costa, o Pingo ou Japonês, ex-policial militar do Mato Grosso do Sul, suspeito de corromper agentes públicos. Foi preso em 2011 pela Polícia Federal na Operação Marco 334, deflagrada para desarticular uma quadrilha de contrabandistas de cigarro.
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É suspeito de ter participado de um ataque à casa de um inspetor da PRF (Polícia Rodoviária Federal) em 2017, após a apreensão de uma carga de cigarros contrabandeados avaliada em R$ 14 milhões.
De acordo com o ministro Sérgio Moro, o objetivo da lista é fortalecer o combate ao crime organizado. Ao todo, constam 26 bandidos procurados em todo o país e que têm as respectivas prisões consideradas medida estratégica para enfraquecimento das facções.
A lista dos procurados foi elaborada pela Coordenação-Geral de Combate ao Crime Organizado da Diretoria de Operações da Seopi (Secretaria de Operações Integradas).
O banco com os nomes foi construído a partir de informações dos estados e também dados públicos, fornecidos pelo Banco Nacional de Mandados de Prisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e teve como foco criminosos condenados por agirem em mais de um estado.
A análise seguiu 11 critérios, entre os quais estão a atuação interestadual e transnacional, rede de relacionamento, posição de liderança em organização criminosa violenta, capacidade financeira, entre outros.
“A seleção da lista foi feita Seopi, secretaria encarregada de realizar a integração entre as diversas polícias. Os indivíduos selecionados são bastante perigosos, todos eles com mandado de prisão, seja decorrente de condenações ou de prisões cautelares. Alguns podem estar foragidos no exterior, eventualmente no Paraguai, e a divulgação da lista tem a virtude de facilitar que esses indivíduos sejam encontrados e os mandados de prisão sejam cumpridos', explicou o ministro Sergio Moro.
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