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Regiaonline Lenda: A História do Lobisomem de Glória de Dourados Por Cícero Augusto Relatos da Fera 4 de maio de 2019.

Regiaonline Lenda: A História do Lobisomem de Glória de Dourados Por Cícero Augusto Relatos da Fera 4 de maio de 2019.

09/12/2019 às 22h49 Atualizada em 10/12/2019 às 02h49
Por: RegiãOnline
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Regiaonline Lenda: A História do Lobisomem de Glória de Dourados Por Cícero Augusto Relatos da Fera 4 de maio de 2019.

Por/Regiaonline

 

A história se passou em Glória de Dourados, cidade do interior do MS, no ano de 1978, na 7ª linha. O conteúdo foi enviado por Gabriel, de 18 anos morador de Campo Grande-MS, que é filho do personagem central da história que ficou cara a cara com a fera.

O protagonista morava em um sítio da 7ª linha, com seus pais e irmãos, e a vida era muito difícil, na colheita de algodão. Depois passou a trabalhar em um mercado na cidade como repositor. Saía do trabalho e fazia uma pedalada de aproximadamente 8 km.

Sempre parava no bar de um conhecido para beber água ou refrigerante, visto que não consumia bebidas alcoólicas. Em um certo dia, um compadre da região chegou no referido bar e perguntou ao proprietário se não conhecia alguma pessoa que pudesse lhe vender 01 espingarda. Perguntado sobre o motivo de querer 01 espingarda, o homem ficou com vergonha de dizer, e foi pressionado pelo dono do bar, que respondeu que não poderia ajudar, se não soubesse para que ele iria utilizar a tal espingarda.

O homem então começou a relatar que por volta das 22:00 h da noite anterior, porcos e galinhas ficaram agitados e começaram a fazer barulho. Imaginando se tratar de um ladrão, armou-se com uma foice, e foi até o local onde se deparou com uma fera demorando um porco. Segundo descreveu, era enorme, e quando a luz do luar, pôde notar que a fera tinha olhos amarelos, pelos pretos e aparência semelhante a um lobo, e fugiu levando o porco na boca, em meio aos cafezais. Por isso, aquele homem afirmou que iria comprar uma espingarda, para atirar para matar, na outra ocasião em que encontrasse a criatura.

O Jovem riu da história contada pelo conhecido, assim como o proprietário do bar. Naquele momento, o protagonista pegou sua bicicleta, e foi até a casa da namorada. Já era tarde, quando o pai da moça o convidou para jantar, mas este recusou, dizendo que precisava ir embora, para acordar cedo para ir trabalhar.

Após muita insistência por parte da moça, aceitou jantar. Já era por volta das 23:00h, quando resolveu ir embora, porém foi alertado por seu sogro, sobre o perigo de andar na localidade naquele horário, mesmo assim, pegou sua bicicleta e seguiu seu trajeto, e chegou próximo de uma figueira, a 50 m da ponte do córrego por onde sempre passava, onde sentiu um forte odor, semelhante ao de um animal em decomposição, acelerou a pedalada, devido a um arrepio repentino.

A corrente na bicicleta caiu no momento em que ia atravessar a ponte, foi obrigado a parar, para recolocá-la. Nesse momento, em meio a escuridão e cafezais, surge o barulho de galhos se quebrando, e eis que surge um animal enorme, de olhos amarelos, saindo para o meio da estrada, e suas pernas lembrava os braços de uma pessoa musculosa. A criatura se apoiou nas patas traseiras, ficando de pé, farejou o ar, e começou vim lentamente em sua direção, apoiado nas quatro patas. Após fixar seu olhar agressivo na vítima, acelerou e o verdadeiro terror começou. Após ter recolocado metade da corrente de bicicleta, desesperado, começou a pedalar o mais rápido que pode, até a corrente voltar ao lugar, tentando fugir da perseguição daquele monstro.

Em uma subida o lobisomem ficou emparelhado com a bicicleta, momento em que o jovem temendo por sua vida, começou a rezar em pensamento. Logo alcançou um trecho de descida, que se aproximava do bar do seu conhecido, e então, os cães do proprietário avançaram na fera bestial, que parou a perseguição para se defender dos ataques caninos.

O joven chegou em casa, desesperado chutando a porta pedindo para abrirem. Em visível estado de choque, não falava nada, sua mãe trouxe-lhe um copo d'água, e a vítima passou a noite em claro. Só então no outro dia, conseguiu relatar o fato, e foi chamado de louco por seus irmãos e caçoado por eles. Foi nesse instante em que seu pai mandou todos se calarem, dizendo que não se brinca e nem se ri dessas coisas, que já sabia quem era o responsável por tal ato e que iria resolver essa situação.

De imediato, aquele pai foi até a casa de um irmão, pediu 01 revólver emprestado, e solicitou que o mesmo o acompanhasse até a residência do compadre faustino, que morava próximo ao local onde havia ocorrido o fato. Ao se aproximarem da morada de Faustino, avistaram o homem sentado fora da casa, com uma faixa enrolada no tornozelo. Indagado sobre o ferimento, o mesmo respondeu, com sorriso assustador, que havia sido causado pelos cachorros do dono do bar. Impulsionado pela fúria, o pai da vítima sacou a arma e apontou na cara de Faustino, dizendo: "Da próxima vez que você atacar meu filho, eu te mato, desgraçado".

Com um sorriso irônico, Faustino respondeu:" Diga a seu filho para não ficar até tarde da noite andando pelas estradas, pois ele não conhece os perigos que ali existem" e assim, virou de costas e saiu em direção ao riacho. Nunca mais o tal homem foi visto, e os ataques a animais cessaram na região.

Gabriel revelou que a história foi contada por seu avô, antes de morrer, e confirmada por seu pai. O neto perguntou ao avô como é que ele sabia que Faustino era o lobisomem? Ele então respondeu que o havia conhecido há muitos anos atrás, e que aquele homem contou e havia fugido de Pernambuco, mas ninguém sabia o real motivo. Em uma noite, os dois saíram para uma pescaria em um rio, mas Faustino se ausentava, alegando que iria urinar, e não fazia muito tempo que o compadre voltava. Então resolveu seguí-lo, para verificar se era verdade, e então viu o instante em que aquele homem se transformou em um ser com aparência bestial.

Atualmente, a família reside em Campo Grande-MS, mas ainda possuem alguns parentes que moram em Glória de Dourados, na 7ª linha, e a história ainda causa arrepios, até nos dias hoje, em algumas pessoas, mas também existem aquelas que duvidam do acontecido.

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