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“Graças a Deus', diz secretário da Bahia após morte de líder de quadrilha em MS

“Graças a Deus', diz secretário da Bahia após morte de líder de quadrilha em MS

04/12/2019 às 23h12 Atualizada em 05/12/2019 às 03h12
Por: RegiãOnline
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 CAMPO GRANDE NEWS / GEISY GARNES

Equipes do Garras () durante buscas pelas armas na fazenda (Foto:Direto das Ruas)

 

Após a ação policial que terminou na morte de José Francisco Lumes, o Zé de Lessa, e outros quatro envolvidos na tentativa de roubo ao carro-forte da empresa Brink’s, entre Caarapó e Amambai, o secretário de Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa, deu “graças a deus' pela polícia sul-mato-grossense ter tirado o traficante baiano de circulação.

Zé de Lessa é apontado como o “Ás de Ouro' no baralho do crime feito pela Secretaria da Segurança Pública da Bahia. Foragido da justiça desde 2014, ele é indicado como líder e criador do grupo criminoso de maior atuação do estado nordestino, o BDM (Bonde do Maluco).

'Estávamos há alguns anos trocando informações com a Polícia Federal e inclusive com a Polícia do Paraguai. Sabíamos que ele estava lá, trazendo droga para abastecer o BDM (Bonde do Maluco) aqui no nosso estado e que, por algumas oportunidades nós tivemos quase próximos de pegá-lo, mas graças a Deus a polícia do Mato Grosso do Sul nessa ação conseguiu tirar ele de circulação', celebrou Barbosa, ao jornal CORREIO.

Em entrevista o secretário afirmou ainda que a notícia da morte do traficante é um 'alívio' e que agora a polícia baiana vai verificar se existe provas de crimes na Bahia orientados por ele durante o período que esteve na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai. 'Para nós é um alívio e agora é trabalhar em cima das informações que eles detém lá. Já pedimos para a inteligência (da SSP-BA) averiguar o que tinha com ele, quem estava andando com ele para ver se tem a informação de prática de outros crimes aqui no estado', explica Barbosa.

Apesar de ser identificado como o maior assaltante de bancos e carros-fortes da Bahia e como o responsável pelo roubo a um banco em Bacabal, no Maranhão – onde foram levados R$ 100 milhões – Zé de Lessa responde criminalmente a pelo menos cinco processos de tráfico de drogas, conforme apuração do jornal baiano.

Após anos de idas e vindas em presídios do nordeste, o traficante conseguiu fugir e veio para Mato Grosso do Sul em 2014. Na época, já havia sido condenado por tráfico e porte de arma, mas ganhou direito a prisão domiciliar para fazer uma cirurgia de urgência na mão.

Conforme o CORREIO, ele foi liberado por ter uma doença degenerativa e não poder receber o tratamento adequado dentro da unidade prisional, mas assim fugiu do estado sem sequer passar pela cirurgia. Desde então, Mato Grosso do Sul aparece nos processos de “Zé de Lessa' como ponto de partida dos “negócios' da quadrilha.

Da fronteira, Zé de Lessa enviava toneladas de drogas e também carregamentos de armas para o grupo criminoso. Segundo as investigações, carros roubados pela quadrilha serviam aqui no Estado como moeda de troca no pagamento do tráfico.

Em MS – José Francisco Lumes e outros cinco comparsas, foram identificados pela polícia como a quadrilha atacou o carro-forte da empresa Brink’s na MS-156, entre Caarapó e Amambai, mas fugiu para o Paraguai sem levar dinheiro na manhã de segunda-feira (2).

Um força-policial foi montada para caçar os suspeito, que foram localizados na noite de ontem em uma fazenda da área rural entre as cidades de Aral Moreira e Coronel Sapucaia. Na manhã desta quarta-feira (4), com uma ordem judicial nas mãos, as equipes entraram na propriedade e foram recebidos a tiros pelos bandidos.

Quatro deles morreram no confronto, entre eles Zé de Lessa. Um quinto envolvido conseguiu fugir, mas acabou localizado nesta tarde em meio a mata da região. Mais uma vez, houve troca de tiros e o assaltante acabou ferido. Chegou a ser socorrido, mas não resistiu.

Com o suspeito foram encontrados fuzis e uma metralhadora .50, que tem capacidade de perfurar carros-fortes e até aeronaves. Também foram apreendidas em meio a mata duas escopetas, uma pistola e várias munições, que estavam junto com coletes a prova de balas usados pelos bandidos no assalto ao carro-forte.

O sexto integrante do grupo foi preso e identificado como Alcindo Oliveira Coinete. Funcionário da prefeitura de Coronel Sapucaia e proprietário da fazenda em que os assaltantes estavam escondidos, ele é investigado por dar apoio logístico ao grupo.

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