CAMPO GRANDE NEWS / ANAHI ZURUTUZA E HELIO DE FREITAS, DE DOURADOS
Quatro morreram e um foi preso durante troca de tiros com a polícia na manhã desta quarta-feira (4) em chácara localizada entre as cidades de Aral Moreira e Coronel Sapucaia. Todos eles são suspeitos de integrar a quadrilha que atacou um carro-forte da empresa Brink’s na fronteira com o Paraguai na segunda-feira (2).
De acordo com o secretário de Estado de Segurança, Carlos Videira, policiais que estavam à caça dos bandidos desde segunda localizaram o esconderijo na noite desta terça-feira (03). Equipes estavam de tocaia e na manhã desta quarta-feira (04), com mandados emitidos pelo juízo de Amambai em mãos, entraram na propriedade.
“Fomos recebidos a bala', disse um dos envolvidos na operação. Segundo o secretário, alguns bandidos fugiram para uma área de mata e com apoio do helicóptero do GTA (Grupamento Tático Aéreo), policiais fazem buscas pelo local.
Dentre os mortos está José Francisco Lumes, o Zé de Lessa, um dos assaltantes de bancos mais procurados do Nordeste. Ele era líder Bonde do Maluco, conhecido como BDM, considerada pela Secretaria da Segurança Pública da Bahia, a facção mais truculenta do estado.
A operação envolve a Garras (Delegacia de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros), o Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), o Batalhão de Choque, o DOF (Departamento de Operações de Fronteira) e a Defron (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes de Fronteira).
O ataque - Na segunda, a quadrilha atacou o carro-forte na MS-156, entre Caarapó e Amambai, mas fugiu para o Paraguai sem levar um único centavo do assalto.
Os bandidos tentaram abrir o blindado com explosivos, mas a porta não abriu e eles fugiram. Só a perícia vai revelar se o carro-forte resistiu por causa da quantidade de explosivo ou se os artefatos falharam.
Segundo o secretário, ao que tudo indica, a quadrilha é a mesma que em meados de 2017 atacou carro-forte da mesma empresa, na mesma rodovia, na fronteira. A região fica a poucos quilômetros de Capitán Bado, base de quadrilhas brasileiras que controlam o tráfico de drogas e de armas na fronteira.
Marcas provocadas por explosivos na porta do carro-forte; blindado resistiu e frustrou assalto (Foto: Direto das Ruas)