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Pesquisadora baiana encontra substituto de agrotóxico em folhas de eucalipto

Pesquisadora baiana encontra substituto de agrotóxico em folhas de eucalipto

08/09/2019 às 09h34 Atualizada em 08/09/2019 às 13h34
Por: RegiãOnline
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Por Gabriel Pietro

Os agrotóxicos são produtos químicos utilizados em lavouras para garantir a produtividade, evitando doenças e possíveis pragas. No entanto, seu uso pode representar significativos riscos ambientais e à saúde humana.

Com esse cenário de fundo, visando encontrar um defensivo agrícola menos agressivo do que os agrotóxicos, a engenheira florestal Cátia Libarino desenvolveu um estudo com óleo de eucalipto para reduzir a manifestação de doenças em plantas.

A pesquisadora baiana conta que atualmente existe um déficit na academia sobre estudos do controle de doenças em plantas, como o uso de produtos de origem vegetal, em vez de químicos. “A ideia surgiu após observar manchas foliares em árvore de macadâmia provocadas pelo fungo Neopestalotiosis clavispora. Foi quando comecei a dar início ao estudo com óleos e extratos vegetais de eucalipto”, afirmou.

Cátia enfatiza em sua pesquisa que há a necessidade de valorizar os produtos florestais não madeireiros, que são mais sustentáveis, pois eles geram menos danos ao meio ambiente.

Baiana encontra substituto de agrotóxicos em folhas de eucalipto

Um substituto para os agrotóxicos

O projeto de conclusão de mestrado em Ciências Florestais da pesquisadora na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) foca no estudo dos extratos fungicidas.

De acordo com a baiana, o produto fitossanitário “pode ser de grande utilidade para pequenos produtores rurais ou para aqueles que praticam a agricultura de forma orgânica”.

“Os pequenos agricultores podem comercializar um novo produto, que são as próprias plantas, mas agora com um viés diferente, que é vender o óleo fungicida natural. Além disso, caso não possa produzi-lo, o próprio extrato das folhas pode ser uma opção imediata (mesmo não sendo tão eficaz quanto o óleo), pois é fácil de preparar com um processador mecânico, e sua capacidade de biodegradabilidade no ambiente torna o processo mais acessível”, concluiu.

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Para extrair o óleo da árvore de eucalipto, é feito um processo chamado hidrodestilação. São aproveitadas justamente as folhas, geralmente ignoradas pelas madeireiras, que desejam apenas a madeira para construção de vigas, fabricação de móveis, etc. Utilizá-las na produção em larga escala para gerar um agrotóxico natural pode ser uma alternativa para evitar que as mesmas sejam descartadas.

O projeto recebeu apoio dos professores Quelmo Novaes e Dalton Júnior, da Uesb, além da professora Patrícia Krepsky, da Universidade Federal da Bahia (Ufba).

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Fonte: Correio 24h/Fotos: Divulgação/Secti

 

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