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Palmeiras anuncia a contratação de Mano Menezes

Palmeiras anuncia a contratação de Mano Menezes

04/09/2019 às 08h26 Atualizada em 04/09/2019 às 12h26
Por: RegiãOnline
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Por/FOLHA/JOãO GABRIEL

Mano Menezes, 57, é o novo técnico do Palmeiras. O clube anunciou a contratação na manhã desta terça-feira (3), um dia após a demissão de Luiz Felipe Scolari, 70. O ex-treinador do Cruzeiro estava desempregado desde sua saída do time mineiro, em 8 de agosto.

O contrato do técnico com o Palmeiras vai até o fim de 2021. Chegam com ele o auxiliar Sidnei Lobo e o preparador físico Eduardo Silva (o Dudu).

Apesar de ser o atual bicampeão da Copa do Brasil, com o Cruzeiro, Mano pediu demissão do clube mineiro após uma sequência pior que a que tirou Felipão do time alviverde.

No início de agosto, após a derrota por 1 a 0 para o Internacional na ida da semifinal da Copa do Brasil, o Cruzeiro acumulava apenas uma vitória em 18 jogos disputados e somava apenas dez pontos em 13 rodadas do Campeonato Brasileiro (então antepenúltimo colocado).

Diante desta sequência, o treinador comunicou sua decisão de deixar o cargo à diretoria cruzeirense.

Felipão saiu de seu clube sobretudo por conta do desempenho após a Copa América: eliminações na Copa do Brasil e na Libertadores e 23,8% de aproveitamento no Brasileiro (contrastantes com os 92,5% antes da parada no campeonato).

No geral, neste ano, Mano somou 55,5% de aproveitamento, contra 66,6% de Scolari.

Se não é o retrospecto mais recente que seduz o Palmeiras, o estilo de jogo e a fama de “copeiro' conquistada em Belo Horizonte aproximam Mano de uma inédita passagem pelo time alviverde.

Foi com ele que o Cruzeiro conseguiu duas Copas do Brasil, em 2017 e 2018, respectivamente o quinto e sexto título da competição da equipe.

Na campanha do bi, sofreu seis gols, marcou dez, não foi batido dentro de casa e perdeu apenas um jogo, a volta das quartas de final para o Santos, quando conseguiu a classificação nos pênaltis.

Em 2017, o time de Mano teve que passar por duas decisões por pênaltis (final e semi), uma vitória pelos gols marcados fora de casa (quartas) e dois triunfos por um gol de diferença para conquistar o troféu.

O um futebol pragmático, com segurança defensiva e sabendo lidar com adversidades deu ao treinador o status de copeiro.

Com ele, o Cruzeiro podia não ter a regularidade necessária para brigar pelo título do Campeonato Brasileiro (foi 5º em 2017 e 8º em 2018), mas soube empatar quando necessário e conquistar as vitórias por um gol de diferença (quatro nas duas campanhas) suficientes para levantar troféus nacionais de mata-mata.

E este é um aspecto caro ao torcedor palmeirense, que viu seu time campeão brasileiro duas vezes nos últimos quatro anos, mas sem um título nos principais torneios eliminatórios desde a Copa do Brasil de 2015 e em busca da primeira Libertadores desde 1999.

Foi este um quesito, inclusive, que levou o Palmeiras a trazer Felipão no meio de 2018: ele era o técnico na conquista da América, 20 anos atrás. Não repetiu o feito e caiu nas quartas de final deste ano, para o Grêmio.

Na Libertadores, o Cruzeiro de Mano caiu nas quartas em 2018 (derrota para o mesmo Boca Juniors que venceu o Palmeiras), mas com o melhor ataque da competição (15 gols marcados).

A melhor participação do treinador no torneio continental é longínqua: o vice campeonato de 2007, com o Grêmio.

Um contratempo que a diretoria alviverde pode enfrentar são as duas boas passagens do técnico gaúcho pelo maior rival, o Corinthians.

Ele chegou ao time alvinegro no final de 2007 após passagem regular (59% de aproveitamento) no Grêmio. Em 2008, foi bem sucedido na missão de trazer o time de volta à Série A do Nacional e ainda conseguiu chegar à final da Copa do Brasil (derrota para o Sport). O título da competição viria no ano seguinte.

Em 2010, após eliminação na Libertadores no ano do centenário corintiano, ele aceitou o convite da CBF para assumir a seleção brasileira, que vinha de queda para a Holanda na Copa do Mundo daquele ano.

No comando do time nacional, Mano fracassou na Copa América em que terminou derrotada nos pênaltis para o Paraguai. Sua demissão foi polêmica, aconteceu dois dias após a conquista do Superclássico das Américas, em novembro de 2012.

Na equipe canarinho, ele acabou substituído justamente por Felipão, a quem ele substitui agora.

Teve uma curta passagem, em 2013, pelo Flamengo e, em dezembro, retornou ao Corinthians, onde ficou mais uma temporada, sem conquistar títulos, mas montando a base da equipe de Tite, campeã brasileira em 2016.

As duas passagens pelo Corinthians fazem o treinador ter de lidar com a rejeição de parte da torcida palmeirense. A Mancha Verde, por exemplo, principal torcida organizada do clube, ajudou a promover nas redes sociais a hashtag #manonao.

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