Por G1/PI
Acusados pelo crime, William César dos Santos Júnior, de 30 anos, ex-companheiro da jovem, e o amigo dele, Paulo Henrique Vieira dos Santos, de 23 anos, estão presos.
A unidade de saúde informou, nesta sexta-feira (26), que a jovem foi vítima de três paradas cardíacas e faleceu às 22h06. Além de ter o rosto e o pescoço atingidos pelo ácido, Mayara também teve os cabelos, o tórax e os membros superiores atingidos pela substância.
O velório e o sepultamento deverão ocorrer em Limoeiro, no Agreste do estado, município em que vive a família da mãe dela.
Lamentando a morte de Mayara, a mãe da jovem, Carla Maria, pede que o ex-marido da vítima seja punido. "Espero que a justiça agora seja feita", diz.
"Se ele se arrependeu ou não, agora para mim não interessa porque ele não pensou no filho dele com ela. Ela agora está morta, 19 anos, uma vida inteira pela frente. Ele que interrompeu a vida dela, não foi uma doença, não foi um acidente, não foi nada. Foi ele que interrompeu pelo machismo dele, por não aceitar um não", afirma.
Na quinta (25), o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) havia indiciado o ex-companheiro de Mayara e o amigo dele por tentativa de homicídio qualificado. Por meio de nota enviada nesta sexta (26), o MPPE disse que, com o fato novo, será requisitada a documentação que determina a causa da morte.
Caso seja comprovado que a ação dos dois levou à morte da vítima, explica o Ministério Público, o promotor responsável pode alterar a denúncia para que eles respondam por homicídio qualificado consumado.
Quadro clínico
Segundo a chefe da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do HR, Fátima Buarque, Mayara se recuperava de forma satisfatória e sua morte foi uma surpresa para a equipe do hospital.
"Nós não esperávamos. Ela foi submetida a uma traqueostomia, que ocorreu de forma satisfatória. À noite, sem nenhum motivo aparente, ela teve a primeira parada cardíaca, mas foi reanimada. Fizemos exames e estavam todos dentro da normalidade. Ela, então, teve outra parada e na terceira, não retornou mais. Foi, realmente, uma fatalidade", afirma.
Ainda segundo Fátima Buarque, Mayara estava sedada, mas retomava a consciência aos poucos. A equipe mantinha a sedação para que ela não caísse da cama ou puxasse os tubos.
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