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PRF é condenado a 23 anos pelo assassinato de ex-morador em Vicentina

PRF é condenado a 23 anos pelo assassinato de ex-morador em Vicentina

30/05/2019 às 21h46 Atualizada em 31/05/2019 às 01h46
Por: RegiãOnline
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 CAMPO GRANDE NEWS / GEISY GARNES E LINIKER RIBEIRO

(Foto: Marina Pacheco)

O policial rodoviário federal Ricardo Hyn Su Moon, de 49 anos, foi condenado a 23 anos e quatro meses pelo assassinato do empresário Adriano Correia do Nascimento, de 33, e pela tentativa de homicídio contra Vinícius Cauã Ortiz Simões e Agnaldo Espinosa da Silva, de 51, cometidos durante uma briga de trânsito em dezembro de 2016.

Por maioria dos votos os jurados decidiram pela condenação do policial pelos crimes de homicídio qualificado e pela dupla tentativa de homicídio. A juíza Denize de Barros Dodero determinou então pena de 14 anos pelo assassinato de Adriano e 4 anos e oito meses para cada tentativa. A sentença, inicialmente, será cumprida em regime fechado.

O caso aconteceu na manhã do dia 31 de dezembro de 2016, na Avenida Ernesto Geisel, esquina com a Rua 26 de Agosto, em Campo Grande. De acordo com o Ministério Público, o acusado matou Adriano e tentou matar as outras duas vítimas. O policial conduzia um veículo Mitsubishi Pajero, enquanto Adriano estava em uma caminhonete Toyota Hilux.

O primeiro julgamento do caso aconteceu depo is de dois anos e três meses do crime, no dia 11 de abril, mas foi cancelado depois que um dos s ete jurados teve crise de hipertensão.

Nesta manhã, pela segunda vez neste ano, Vinícius e Agnaldo, que estavam no veículo com Adriano no momento do crime, prestaram depoimento no tribunal do júri. Mais uma vez, a versão dos dois sobre os acontecimentos que levaram a morte de Adriano foi diferente da defendida por Moon.

Enquanto Agnaldo afirmava que Adriano teve o carro fechado pelo policial, que foi xingado por ele e pediu desculpa por três vezes antes de ser assassinado, Moon relatou que estava parado em um semáforo na Rua 26 de Agosto quando o empresário trocou de pista e parou bruscamente atrás de seu veículo. Com medo de ser vítima de um assalto ou de execução, desceu e abordou os ocupantes da caminhonete.

Moon explicou que se identificou como policial e só disparou quando percebeu que Adriano funcionou a caminhonete em que estava para deixar o local. ''Bala não para carro. O que iria parar seria uma ação contra o operador do veículo. Tudo foi na intenção de legítima defesa e para resguardar a vida', explicou o PRF.

Diante dos jurados, a defesa do policial rodoviário federal reforçou o consumo de bebida alcoólica das três vítimas da discussão que terminou com a morte do empresário, e alegou que ele não deveria estar dirigindo naquele dia. O advogado Renê Siufi ainda defendeu em júri que a abordagem foi uma ação policial motivada pelo visível estado de embriaguez da vítima.

Ao longo dos mais de dois anos, até o julgamento, o caso foi marcado recursos de ambas as partes e até investigação por fraude, depois que dois flambadores de sushi foram encontrados no veículo após duas perícias. A situação é analisada em outro processo.

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