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Wendy Tonhati
A obra do Hospital do Trauma de Campo Grande foi interrompida, por duas horas, na manhã desta terça-feira (11). De acordo com o Sintracom (Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil e no Mobiliário de Campo Grande), os operários estão com um salário atrasado pela construtora responsável.
Durante a manifestação nesta manhã, o presidente do Sintracom, José Abelha, informou que não é a primeira vez que a empresa atrasa do pagamento. Segundo o sindicalista, uma reunião com a construtora e a Santa Casa já foi marcada para tentar resolver a situação dos trabalhadores.
O sindicato ainda alertou, durante a paralisação, para as mudanças propostas pelo presidente Michel Temer (PMDB) e que afetam diretamente a vida do trabalhador: Reforma da Previdência; Trabalhista e Lei da Terceirização.
“Sabemos que um dos setores mais prejudicados é o setor da construção civil, onde os trabalhadores não conseguem tempo de serviço para se aposentar. Não conseguem chegar aos 35 anos de trabalho para aposentar. Hoje, a maioria aposenta com 65 anos, por idade”, disse Abelha.
A obra do hospital começou na década de 90, como uma ampliação da Santa Casa, e vem se arrastando desde então, sendo em 2010 relançada no formado de unidade hospitalar voltada à traumatologia, principalmente por conta da alta demanda decorrentes de feridos em acidentes de trânsito.
Em janeiro deste ano, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, esteve em Campo Grande e anunciou que faltam R$ 2,8 milhões para a conclusão do Hospital do Trauma, e que a previsão de término da obra em julho.
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