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Mato Grosso do Sul registra 12 casos de raiva em bovinos e equinos em 2019

Mato Grosso do Sul registra 12 casos de raiva em bovinos e equinos em 2019

06/04/2019 às 08h42 Atualizada em 06/04/2019 às 12h42
Por: RegiãOnline
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G1 MS / ANDERSON VIEGAS, G1 MS

 Foto: Reprodução/TV Morena

 

A Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal de Mato Grosso do Sul (Iagro) registrou nestes quatro meses de 2019, 12 casos de raiva em bovinos e equinos, em sete municípios do estado: Amambai, Aquidauana, Guia Lopes da Laguna, Paranhos, Rio Negro, Sete Quedas e Tacuru. Os focos mais recentes da doença foram descobertos na região sul do estado, onde a agência está concentrando seu trabalho de contenção e prevenção.

O fiscal agropecuário Fábio Shiroma, que é o coordenador do programa nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros (PNCRH), explica que o sul do estado está recebendo atenção redobrada porque os criadores da região ainda não têm o costume de vacinar os rebanhos contra a doença. “A vacinação e o controle do transmissor [o morcego hematófago] são as formas de prevenção contra a raiva', explica.

Shiroma comentou ainda que de um rebanho de aproximadamente 22 milhões de bovinos em Mato Grosso do Sul, pelo menos 8,5 milhões de animais foram imunizados contra a doença. Ele disse que isso se deve a uma maior conscientização dos produtores quanto aos prejuízos que a raiva pode causar se atingir os rebanhos. Explicou ainda, que por conta disso, o governo retirou a obrigatoriedade da vacinação dos bovinos contra a doença.

“Nós retiramos a obrigatoriedade porque a maior parte dos produtores já tem essa conscientização. Ele sabe que se está em uma região de risco, precisa fazer essa vacinação', destaca.

Shiroma explica ainda que a raiva é uma doença de caráter endêmico em Mato Grosso do Sul, em que a própria geografia do estado e o quantitativo do rebanho, acabam possibilitando, apesar dos esforços das autoridades e produtores, o surgimento de novos casos. Revelou ainda que a doença tem um caráter cíclico, em que o número de focos aumenta a cada sete anos.

O coordenador comentou que o produtor deve estar atento para identificar um animal doente e que não deve manipulá-lo e sim acionar o seu veterinário e a Iagro.

“O animal doente se afasta do rebanho. Para de se alimentar. Começa a andar cambaleante e depois não consegue mais se locomover. Deita e morre. Tudo isso acontece geralmente entre três a sete dias, dependendo do período que o produtor encontra o animal. É importante o produtor saber que não é para manipular o animal. Ele deve procurar um veterinário e o escritório da Iagro mais próximo. Eles identificar se o animal tem sintomatologia combatível com a raiva, coletar material para ver o diagnóstico e depois fazer os procedimentos subsequentes para o controle'.

Shiroma ressaltou que além do prejuízo econômico outra preocupação da Iagro é com o risco da transmissão ao ser humano. “O nosso serviço visa evitar prejuízos ao produtor, mas, indiretamente evitar o risco de transmissão ao ser humano. A raiva é zoonose, e é fatal. Então a nossa preocupação não é só a questão econômica, mas também a prevenção para possível contaminação do ser humano', destaca.

O coordenador diz que uma vez identificado um foco da doença em uma propriedade rural é feito um trabalho de prevenção em um raio de distância de até 12 quilômetros. “Trabalhamos no entorno dessa propriedade. Passando nessas propriedades e orientando quanto ao risco da doença na região. Reforçando na necessidade da vacinação urgente dos animais e também no controle do transmissor, que no caso é o morcego hematófago. Nesse trabalho dependemos da ajuda do produtor rural, para que ele identifique em sua propriedade eventuais abrigos do morcego, como cavernas, casas abandonadas, poços e manilhas. Identificados esses possíveis abrigos, o produtor comunica o escritório da Iagro. Os técnicos vão lá então e verificam a presença do morcego hematófago. Se confirmada, fazem o controle dele'.

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